Você conhece a importância de uma política de segurança da informação eficaz? Com os avanços da tecnologia e as transformações digitais no trabalho, nunca houve tantas informações sensíveis circulando dentro e fora das empresas. Juntamente com as novas estratégias para gerenciar os dados, veio a preocupação com ambientes de TI mais seguros.
É importante ter em mente, afinal de contas, que a digitalização crescente de dados valiosos e estratégicos também acarreta um aumento impressionante nas ocorrências de ataques hacker.
Diante desse cenário, fica ainda mais clara a importância de orientações que definam procedimentos objetivos para minimizar riscos e proteger as informações dos negócios. Saiba mais sobre a política de segurança da informação e confira dicas para criar e implementar a sua!
Desvendando o conceito: o que é política de segurança da informação (PSI)?
Pense no contexto de uma empresa. Considerando o volume de informações, os processos de trabalho, a criticidade dos dados (incluindo dados pessoais de clientes, dados estratégicos do negócio, dados financeiros…), as diferentes tecnologias utilizadas e toda a complexidade envolvida, é de se imaginar que é necessário um sistema organizado para garantir a proteção adequada.
Nesse sentido, a política de segurança da informação (PSI) é um conjunto de regras documentadas para definir o acesso, o controle e a transmissão de informações em uma empresa.
Seguindo os três famosos pilares da segurança da informação, trata-se de um documento que visa manter a integridade, assegurar a disponibilidade e garantir a confidencialidade dos dados corporativos – em especial aqueles que são mais críticos para a organização.
Dessa forma, a PSI estabelece normas, diretrizes e processos para implementar controles de aspectos como infraestrutura de software e hardware, procedimentos de rotina em TI (como varreduras de antivírus) e a gestão de dados como um todo (indicando como as informações devem ser acessadas, utilizadas, protegidas e eventualmente descartadas, quando perderem a importância para os negócios).
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Política de segurança da informação: 5 dicas para elaborar
Quando o assunto é elaborar uma política de segurança da informação (PSI) para o seu negócio (ou seja, um documento que estabeleça as normas para gerenciar, controlar e proteger os dados corporativos), é importante lembrar que não se trata, de maneira nenhuma, de um “mandamento” imutável ou que não pode ser discutido.
Como serve aos propósitos da empresa, a PSI demanda constantes atualizações e ajustes, tanto de gestores quanto de funcionários da TI e outros departamentos.
É fundamental destacar, ainda, que não existe um modelo-padrão ou único de PSI para todas as organizações: cada segmento de atuação tem suas especificidades, incluindo regulamentações e necessidades próprias.
Nesse contexto, apesar das diferentes demandas de cada negócio, há alguns pontos importantes que devem constar na elaboração de toda política de segurança da informação. Veja:
Defina os responsáveis pelo processo
Quem serão os responsáveis para levar a PSI adiante? Essas pessoas ficarão responsáveis não apenas por elaborar a política, mas também divulgá-la, monitorá-la ao longo do tempo e revisá-la quando necessário.
Grande parte das empresas opta por criar um comitê presidido pelo líder da TI. No entanto, fique atento: outras áreas que não a de tecnologia também devem estar envolvidas no processo, incluindo o RH, o setor financeiro e a equipe do comercial.
Só assim será possível garantir que a política e suas definições estejam devidamente sintonizadas com as necessidades e objetivos do negócio como um todo.
Faça um diagnóstico geral
Para definir normas de proteção, é essencial saber o que exatamente – e a qual nível – precisa dessa proteção. Por esse motivo, investir em uma análise diagnóstica é tão indispensável em um primeiro momento.
Nessa etapa, será preciso identificar todos os ativos de informação do negócio, assim como os acessos, ameaças e vulnerabilidades, organizando-os dos menos críticos aos mais críticos. Aqui, o objetivo é saber com clareza quais são os dados e ativos que demandam proteção, analisando os riscos e as ações prévias que já foram realizadas para promover segurança.
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Classifique as informações
Agora é hora de classificar os dados corporativos por tipos, separando-os entre os seguintes grupos: internos, públicos, secretos e confidenciais. A partir dessa primeira classificação, será possível definir quais informações demandam maior controle e nível de proteção.
Vale lembrar que essa análise inicial permitirá estabelecer os níveis de acesso de cada funcionário da empresa aos diferentes dados, assim como estimar os possíveis impactos para a reputação do negócio caso haja incidentes.
Estabeleça critérios para acesso aos dados
Logo após a classificação das informações, será a hora de definir critérios ou níveis de acesso às mesmas. Em outras palavras, quais colaboradores poderão acessar os dados empresariais? E de que forma?
Para tanto, será preciso fazer 3 questionamentos:
- Quem acessa? – definição dos cargos que podem acessar determinados dados;
- De que forma acessa? – definição dos dispositivos e sistemas pelos quais os dados poderão ser acessados;
- Quando acessa? – definição do período permitido para consulta dos dados (poderão ser acessados fora do horário de expediente?).
Defina os processos que serão impactados
É o momento de estabelecer quais rotinas de trabalho, processos e tarefas corporativos serão modificados e aprimorados para garantir a segurança dos dados. Dentre as ações mais importantes na elaboração da política de segurança da informação, podemos citar:
- definição de regras para uso de credenciais e senhas de acesso;
- formulação de planos de gerenciamento de riscos e de contingência;
- elaboração de cronogramas de backup;
- controle do acesso aos espaços físicos;
- definição de políticas acerca da atualização de softwares.
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Como implementar a PSI com sucesso no seu negócio?
A jornada de implementação é essencial para o sucesso e a eficácia da política de segurança da informação na empresa. Nesse sentido, transitar da elaboração para a prática exige cumprir algumas etapas importantes, como:
- Verificação do alinhamento da PSI com as outras políticas do negócio, incluindo a sintonia dos valores, missão e visão;
- Aprovação da PSI por parte da diretoria e do RH: a política não vai longe sem a adesão do nível mais alto de gestão da empresa; e também demanda a aprovação do RH no que diz respeito às leis trabalhistas e ao manual interno do time;
- Documentação e divulgação da política de segurança da informação: a formalização é essencial para o sucesso na implantação, assim como a comunicação do documento para todos os colaboradores da empresa. Lembre-se de que a política deve conter as sanções a serem aplicadas caso haja descuidos e descumprimentos por parte do time;
- Definição e aplicação de um plano de treinamento: é hora de colocar a mão na massa e efetivamente implantar a PSI. Os colaboradores (recém-contratados e antigos) devem ser treinados para conhecer e aplicar as normas de segurança, capacitando-se acerca das medidas e metodologias de proteção de dados;
- Programação de uma agenda de conscientização periódica do time, em que os colaboradores serão relembrados do que deve e não deve acontecer no ambiente interno. O objetivo, aqui, é reduzir riscos, erros e falhas de segurança nas rotinas de trabalho.
Embora exija esforços por parte dos gestores e de todo o time, a elaboração de uma política de segurança da informação traz vantagens inestimáveis para a minimização de riscos,a proteção de dados corporativos críticos e o alinhamento estratégico da empresa.
Esperamos que nossas dicas sejam úteis para impulsionar as estratégias de proteção de dados no seu negócio! Agora que você sabe mais sobre a PSI, confira tudo o que você precisa saber sobre a valiosa política de backup!