Diante de grandes vazamentos de dados a nível nacional e o alerta vermelho da evolução das ciberameaças, garantir a cobertura de todas as frentes em cibersegurança é fundamental. Nesse cenário, a autenticação multifator (MFA) é uma das linhas de defesa mais importantes a serem consideradas por gestores e prestadores de serviços em TI. 

Na prática, a tecnologia reduz enormemente as chances de invasão dos sistemas, assim como a consequente violação das informações da empresa. Com a solução, a autenticidade dos usuários é confirmada no momento do acesso às contas, evitando que pessoas não-autorizadas infectem aplicações e softwares com arquivos maliciosos. 

Vale lembrar, ainda, que a MFA é capaz de oferecer uma proteção muito significativa para os dados sensíveis, sem prejudicar a usabilidade e as rotinas de trabalho nos negócios. 

A seguir, saiba mais sobre a autenticação multifator e seu papel para fortalecer a segurança digital proativa na sua organização! 

Autenticação multifator (MFA): o que é e como funciona? 

Com o objetivo de reduzir os riscos de invasões, violação e roubo de informações, a autenticação multifator (MFA) é uma camada de proteção adicional às contas e sistemas, exigindo a legitimação do usuário no momento do acesso.  

Dessa forma, além de demandar a senha usual, a ferramenta solicita a inserção de um elemento individual para confirmar a segurança do login. Em outras palavras, a MFA faz com que o usuário comprove sua identidade através de um método extra de verificação. 

Ao fornecer um maior controle sobre quem acessa e o que é acessado, a autenticação atua de maneira preventiva – assim, mesmo que hackers e usuários mal intencionados rompam uma das barreiras de proteção, há a obrigação de ultrapassar outra forma de validação da identidade. 

É importante mencionar, aqui, que as senhas fracas são uma das maiores brechas que levam à infecção por malware e ao roubo de dados estratégicos e sigilosos nas empresas. Quando consideramos que a garantia da ciber proteção, hoje, é uma verdadeira vantagem competitiva para os negócios (e, muitas vezes, uma questão de sobrevivência), a MFA com certeza se insere como uma medida indispensável de segurança.

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Quais são os principais tipos de autenticação multifator? 

Há diferentes métodos de autenticação multifator que asseguram a proteção adicional que já mencionamos. Em geral, essas ações incluem a inserção da senha e uma etapa extra de verificação, que pode consistir em: 

Verificação de login 

Nesse caso, o usuário deve inserir o código/chave solicitado, que pode ser acessado via SMS, e-mail ou até ligação telefônica. Sem o fornecimento desse código específico, o acesso não é concedido. 

Tokens de hardware 

Muito utilizado pelos bancos, os tokens de hardware são dispositivos físicos (ou seja, independentes de computador, tablet ou smartphone) que geram códigos solicitados no momento do acesso. 

Vale ressaltar que o token físico é vantajoso porque não exige o uso do celular, além de não estar vulnerável ao comprometimento tal como os dispositivos conectados. 

Mensagens de texto/SMS

Aqui, os usuários recebem um código de acesso – no formato SMS – pelo smartphone ou dispositivo móvel, que deve ser informado após a primeira autenticação (inserção do nome usuário e da senha). 

Aplicativos do autenticador 

Neste método, a autenticação confia em algoritmos criptográficos para senhas de uso único baseadas em tempo (os chamados TOTP). 

Pode-se dizer que os aplicativos do autenticador atuam de forma similar ao SMS – os códigos de login, entretanto, são gerados localmente no próprio tablet ou smartphone do usuário. 

Autenticação biométrica 

Esse tipo de autenticação multifator vem sendo vastamente utilizado pelos smartphones recentes. É o caso, por exemplo, do reconhecimento facial e das impressões digitais para legitimar o acesso. 

Nesse sentido, a autenticação biométrica é baseada no comportamento do usuário, criando uma barreira invisível de proteção. Outras aplicações do método incluem a identificação do padrão de movimentos do mouse e a interação com a pressão aplicada na tela do computador ou celular.  

Soft tokens 

Diferentemente dos tokens de hardware – que são dispositivos físicos independentes -, os soft tokens são baseados em software. Normalmente, a tecnologia é implementada por meio da instalação de aplicativos em tablets ou smartphones.

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Afinal, como a MFA fortalece a cibersegurança do meu negócio? 

Sem interferir nos processos diários de trabalho, a autenticação multifator é uma ação simples e altamente eficiente de manter a segurança das informações corporativas (e, vale dizer, dos dados pessoais). De fato, a ferramenta dificulta a ação cibercriminosa na prática, mesmo nos casos de invasão. Afinal de contas, é muito mais difícil que os hackers tenham acesso a todas as chaves solicitadas na etapa adicional de verificação. 

Vale a pena ressaltar, ainda, que a MFA conta com atribuições específicas que incrementam a cibersegurança nas organizações

  • melhoria da verificação da legitimidade dos usuários;
  • ao vincular a chave de acesso a smartphones ou outros dispositivos, a MFA transfere a segurança a elementos que não podem ser alterados por malwares;
  • mudança do código de acesso a cada uso, dificultando o processo de fraudes e violação de senhas;
  • uso simplificado para o usuário, que não perde a agilidade no acesso. 

Em tempos de mega vazamentos de dados e impactos de grande escala causados por falhas de cibersegurança, é essencial que as equipes de TI garantam a abrangência da proteção em suas múltiplas camadas, assumindo um viés estratégico de defesa. 

Ao lado da importância de uma gestão de senhas assertiva (que não exponha os dados corporativos ao acesso não-autorizado), a autenticação multifator desempenha um papel-chave para evitar o comprometimento de sistemas e aplicações. Quando consideramos que os dados são os ativos mais valiosos dos nossos tempos, esse cuidado só ganha em relevância. Se seu negócio ainda não faz uso da MFA, esta é a hora de virar o jogo! 

Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas sobre o assunto! Agora, que tal fazer uma avaliação rápida do nível de ciber proteção do seu negócio? Para fazer essa análise, confira 9 sinais de que seu negócio corre sérios riscos de cibersegurança! 

Créditos da imagem de destaque: Markus Spiske on Unsplash 

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