Os dados são os ativos mais valiosos dos nossos tempos – e protagonistas indispensáveis das rotinas de trabalho diárias nas empresas. Nesse cenário, à medida em que a geração de informações cresce em velocidade vertiginosa nos negócios – e, em consequência, o espaço necessário de armazenamento – aumenta também a demanda pelo gerenciamento de cópias de dados. Você já ouviu falar em copy data management (CDM)

É importante ter em mente, aqui, que a expansão da capacidade de armazenamento de dados acarreta custos (o que ressalta as vantagens da opção pela nuvem) e também maiores esforços para controle dos arquivos, incluindo aqueles redundantes, ou seja, eventuais cópias desnecessárias. 

Para maximizar a eficiência e a produtividade em consonância com a proteção dos dados, o conceito de CDM entra em cena como uma ferramenta valiosa para as organizações. Saiba mais a seguir! 

Afinal, o que é copy data management (CDM)? 

Copy data management, CDM ou gerenciamento de cópias de dados é uma solução de TI que reduz o consumo de espaço de armazenamento ao eliminar a duplicação desnecessária das cópias de dados. Vale lembrar que ferramentas de backup e outras aplicações corporativas muitas vezes criam múltiplas versões das mesmas informações.

Como sabemos, o backup – a realização e o armazenamento de cópias de segurança dos dados corporativos – é um procedimento-chave nas empresas que levam sua segurança da informação a sério.  

Nesse contexto, na recomendação da regra 3-2-1, há a realização de 3 cópias de segurança das informações corporativas, sendo que 2 devem ser armazenadas em mídias distintas e ao menos uma guardada em local remoto (em geral, a nuvem). 

A partir daí, a redundância das cópias (ou seja, a existência de cópias idênticas dos dados) é uma prática recorrente de proteção, garantindo que esses backups estejam disponíveis sempre que houver necessidade de recuperação. 

O problema, aqui, é que à medida em que esse volume de dados empresariais vai crescendo rapidamente, maior será o espaço de armazenamento necessário, criando um cenário “fora de controle” na organização. Como vimos, isso resulta em altos custos e dificuldades de gerenciamento. 

Confira também: Armazenamento em nuvem: 5 precauções importantes 

Copy data management e backup: qual é a diferença?  

Embora já tenhamos abordado esse tópico acima, a confusão entre as duas soluções é comum. 

A diferença, aqui, é bastante importante: enquanto o backup é um procedimento fundamental de segurança que gera e armazena cópias dos dados (mantendo-os disponíveis mesmo em situações de desastres, como ciberataques e acidentes naturais), o copy data management (CDM) é uma ferramenta que visa eliminar as cópias supérfluas dos dados, preservando a proteção ao mesmo tempo em que reduz o espaço de armazenamento requerido. 

Dessa forma, as empresas conseguem eliminar os gastos com armazenamento inadequado – em última instância, não há desperdício de recursos com espaço desnecessário. 

Qual é a importância de gerenciar cópias de dados?  

Na prática, a velocidade de criação das cópias de dados cresce exponencialmente, por vezes 20 mais do que a criação dos próprios dados. 

Além da questão do aumento dos custos com armazenamento para acompanhar essa tendência, há também a manutenção da eficiência e da produtividade, que podem ser comprometidas com o excesso de cópias dessas informações. 

Diante desses desafios, até recentemente, não havia soluções para gerenciar a criação e a distribuição dessas cópias. Com a chegada dos sistemas de copy data management, o contexto se transformou. 

Como o CDM funciona? 

As soluções de CDM gerenciam a criação, o uso, a distribuição, a retenção e a “limpeza” das cópias de segurança dos dados. Nessa perspectiva, o recurso visa minimizar o número de cópias para dois, preservando os dados originais e a cópia do backup

Com isso em mente, ainda que haja a necessidade de cópias adicionais, um mecanismo automatizado do copy data management faz uma cópia virtual das informações. Uma vez que as cópias criadas são virtualizadas para armazenamento, não há uma cópia adicional “real” criada. Aqui, essas versões são direcionadas para um disco diferencial, e não para a cópia de backup efetiva. 

Vale destacar, ainda, outro problema solucionado pelos sistemas de CDM: pode ser difícil acessar e utilizar as cópias desejadas quando necessário. Com a solução, um catálogo central rastreia todas as cópias no ambiente, incluindo sites remotos e locais na nuvem. A ferramenta, assim, mantém os dados primários de cada cópia. 

Nesse sentido, um sistema de copy data management permite que a TI defina e elabore políticas para abranger todo o ciclo de vida das cópias dos dados, envolvendo a expiração, a exclusão e o retorno dos recursos para um ambiente disponível. 

Saiba Mais: Política de Segurança da Informação: como elaborar e implementar?

O papel-chave das cópias de dados 

Para ressaltar a relevância do processo de gerenciamento das cópias das informações, vale a pena resgatar três cenários centrais nos quais elas são necessárias para as organizações, além da sua função essencial de recuperação associada ao backup: 

  • Valor operacional: a realização de cópias é necessária para fins operacionais, incluindo testes de upgrades de softwares e a identificação de bugs. Em geral, as cópias têm vida curta nesse processo, sendo geralmente destruídas após a validação das tarefas; 
  • Valor para aplicações: de maneira geral, as cópias são um elemento natural da rotina de trabalho das aplicações, tais como recursos de geração de relatórios e armazenamento. Aqui, o ciclo de vida das cópias depende de cada situação de uso, podendo ser curto no caso de tarefas importantes e longo para usos secundários;
  • Valor para desenvolvimento: cópias também são criadas para apoiar os desenvolvedores no teste de novos softwares, para upgrades e o conserto de falhas e bugs técnicos. Nesse caso, as réplicas dos dados terão um ciclo de vida finito, podem ser atualizadas com frequência e arquivadas para uso futuro. 

Vale a pena reforçar, nesse sentido, que o backup obviamente pode ser aplicado como parte de um processo de copy data management. 

Orientações para implementação do CDM 

É importante ter em mente que a implementação de um sistema de copy data management, independentemente da escolha da solução, deve envolver uma estratégia sólida de gerenciamento. 

Entre as definições necessárias nessa etapa, estão o estabelecimento de quais dados serão copiados, onde serão copiados, quem os acessa/utiliza e qual a sua função/necessidade, além do tipo adequado de gestão. Todos esses critérios, vale mencionar, devem considerar as necessidades e a realidade da organização. 

No momento da escolha da melhor solução, deve-se priorizar também o uso simples e intuitivo da plataforma, além do seu nível de automatização. Segurança e desempenho, como não poderia deixar de ser, também são critérios a serem observados, assim como a possível evolução para uma nova tecnologia no futuro. 

Concluindo…

Ao cuidar de todo o ciclo de vida das cópias dos dados, as soluções de CDM promovem uma redução de custos significativa. Esse benefício, vale ressaltar, está relacionado tanto ao melhor aproveitamento do espaço de armazenamento, quanto à maior facilidade de gestão, culminando em menos esforços e tempo de trabalho dos profissionais. 

Por fim, é importante destacar que o copy data management se insere como uma das principais tendências atuais em proteção de dados nas empresas

E aí, gostou do conteúdo? Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas! Para ampliar seu know-how nas melhores práticas de segurança da informação, confira também por que o monitoramento constante do backup corporativo é tão imprescindível para as organizações! 

Créditos da imagem de destaque: stories 

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