Novo relatório do Instituto Gartner transforma o “cyberpunk” em “ciber-realidade”
Este é o roteiro de muitos filmes de ficção científica – mas pode se tornar uma realidade mais rápido do que pensamos. Um novo relatório do Gartner prevê que os ciberataques vão explorar ambientes de tecnologia operacional (OT) para efetivamente lesionar ou mesmo matar pessoas até 2025.
O risco é tão iminente que o Gartner ressalta que esse potencial é uma preocupação maior do que vazamentos de informações e roubos para grandes organizações atualmente. São para os ataques de amanhã que precisamos nos preparar hoje.
“Em ambientes operacionais, os líderes de riscos de segurança e gerenciamento devem se preocupar mais com os perigos reais para seres humanos e o ambiente do que com o roubo de dados”, afirmou Wam Voster, diretor sênior de pesquisa do Gartner.
Até o momento, os ciberataques ofensivos tiveram – no máximo – conexões tangenciais com consequências no mundo real.
Agora, a visão pessimista do Gartner estima algo diferente para o futuro: há uma mudança nas ofensas cibernéticas que podem gerar ramificações no mundo real, acabando com a vida de pessoas como resultado.
Qual é o objetivo desse tipo de ataques?
De acordo com o Gartner, os incidentes de segurança em OT e outros sistemas ciberfísicos (CPS) têm 3 principais motivações.
A primeira é efetivamente causar danos a pessoas ou organizações, a segunda é o que chamam de “vandalismo comercial” e a terceira é a tentativa de desencadear o “vandalismo reputacional” (ou seja, acabar com a credibilidade e a confiança de uma empresa, impedindo seus negócios futuros).
O primeiro desses objetivos – causar danos reais e até mortes – pode sair extremamente caro, prevê o Gartner. O impacto financeiro dos ataques CPS resultando em vítimas fatais chegará a mais de US $50 bilhões em 2023. “Mesmo sem levar em conta o valor da vida humana, os custos para as organizações em termos de compensação, litígio, seguro, multas regulatórias e perda de reputação serão significativos”, afirmam os especialistas.
Há, ainda, a questão de atribuição de culpa a quem permitir que tais gravíssimos ataques aconteçam: o Gartner acredita que os CEOs das empresas serão responsáveis por toda e cada possível morte.
FONTE/LEIA MAIS: Cyber News
