Gestão de vulnerabilidades: o próprio termo já reforça a importância de administrar e detectar os riscos. Na linha de uma TI verdadeiramente estratégica, adotar uma postura preventiva – e não apenas apagar incêndios – é fundamental para evitar e até mesmo minimizar os danos das ameaças cibernéticas. 

Muito mais do que uma simples ferramenta para fazer o scan de sistemas e aplicações à procura de riscos, a gestão de vulnerabilidades é um processo contínuo, que exige monitoramento, testes e reajustes ao longo do caminho para ser efetiva. 

Será que você está focando na área do jeito certo no seu negócio e/ou para seus clientes? A seguir, esclareça tudo o que você precisa saber sobre o assunto! 

Explorando o conceito: o que é gestão de vulnerabilidades? 

Vamos lá: o gerenciamento ou gestão de vulnerabilidades é um processo contínuo que visa detectar, analisar, classificar e tratar os riscos que podem ameaçar a saúde do negócio. 

Nesse cenário, deve-se manter um acompanhamento próximo da gestão de riscos, incluindo o registro de incidentes e a comparação das mudanças ao longo do tempo – dessa forma, é possível mensurar o progresso e manter as brechas de segurança sob controle, garantindo a proteção da organização. 

Na prática, as principais atribuições da gestão de vulnerabilidades são: 

  • detectar e corrigir as falhas e brechas que podem representar riscos (de funcionalidade, segurança, desempenho e outros);
  • prover relatórios que possam guiar o ajuste das configurações de programas sempre que necessário, mantendo e melhorando sua eficiência;
  • por ordem de priorização, elencar os problemas a serem solucionados, considerando critérios como orçamento, relevância dos processos e foco do negócio;
  • implementar mecanismos de segurança com base na análise realizada e promover suas atualizações;
  • manter a qualidade contínua dos sistemas de segurança através de uma resposta proativa, buscando corrigir problemas, eliminar os riscos e mitigar as chances de que os riscos apareçam novamente. 

Confira também 👉 9 sinais de que seu negócio corre sérios riscos de cibersegurança 

Gestão de vulnerabilidades vs Scan de vulnerabilidades 

A essa altura, é importante esclarecer uma diferença: gestão de vulnerabilidades e scan (análise) de vulnerabilidades não são a mesma coisa! 

De fato, o scan se refere unicamente à aplicação de recursos para detectar as falhas e colaborar com o gerenciamento de vulnerabilidades. Trata-se, assim, de uma atividade focada em vasculhar os sistemas e identificar brechas de segurança em ativos de hardware e software. 

Vale dizer que essas ferramentas atuam de maneira automatizada, consistindo na coleta de informações via soluções específicas. De uma maneira geral, podemos afirmar que o scan de vulnerabilidades faz parte da gestão de vulnerabilidades, sendo apenas uma parcela de todo o processo. 

Quais são os tipos mais comuns de vulnerabilidades? 

Certo, já conferimos o conceito central e seus principais objetivos nas empresas. Mas e quanto às vulnerabilidades em si? Como elas podem se manifestar?  

Para dar uma definição, vale ressaltar que as vulnerabilidades são brechas ou pontos fracos dos ativos de TI que têm o potencial de serem explorados para fins maliciosos. 

É importante dizer, ainda, que esses pontos fracos podem ocorrer em todas as fases dos ativos, desde a concepção até a própria operação. 

No que diz respeito aos tipos de vulnerabilidades, as origens também são as mais diversas: erros humanos, desatualização do parque tecnológico e ação cibercriminosa externa estão entre as possíveis categorias. 

Confira as principais: 

Problemas de infraestrutura e configurações 

Problemas e falhas na infraestrutura de hardware e rede (mesmo que os softwares estejam devidamente atualizados) podem representar riscos para a organização

Essas vulnerabilidades podem ser falta ou negligência na gestão de backup, antivírus e firewall, assim como má configuração dos servidores e ausência de uma política de controle de acessos dos usuários. Todas essas brechas podem ser portas de entrada para cibercrimes. 

Erros humanos 

Falhas por desatenção, exclusão acidental de arquivos, erros devido a falta de conhecimento e até ações mal-intencionadas: a verdade é que as vulnerabilidades associadas a funcionários e parceiros são muito frequentes. 

Vale destacar, ainda, que por vezes os próprios colaboradores podem executar arquivos maliciosos nos dispositivos, o que abre espaço para invasões e perda de dados

Por esse motivo, investir em um treinamento de cibersegurança para toda a equipe e os parceiros é fundamental, garantindo o alinhamento com a política de segurança da informação do negócio. 

Saiba Mais 👉 Política de Segurança da Informação: como elaborar e implementar? 

Dispositivos físicos 

Sim, é isso mesmo: informações armazenadas em dispositivos como HDs externos, pendrives, CDs e celulares estão vulneráveis a roubo, perda e outros incidentes de segurança. 

Nesse cenário, além de reforçar as boas práticas de conscientização e efetuar o backup adequado, é importante instruir sobre a proibição do uso de mídias físicas não autorizadas no ambiente corporativo. 

Desastres naturais 

Queda de energia, enchentes, incêndios: o plano de contingência deve considerar as vulnerabilidades naturais, que podem danificar a parte de hardware e interromper as operações da organização. 

Falta de atualização e do correto licenciamento de softwares 

O uso de sistemas não atualizados e sem o devido licenciamento expõe a empresa a inúmeras falhas de segurança. Sem patches e updates frequentes, os softwares se tornam uma verdadeira porta de entrada para malwares e a ação cibercriminosa. 

O uso de softwares desatualizados é uma grande falha de segurança e expõe o negócio a vulnerabilidades desnecessárias.

Como implementar a gestão de vulnerabilidades na minha empresa? 

  1. Na fase de preparação do processo, analise e documente todas as principais informações sobre a empresa e o departamento de TI, incluindo porte, infraestrutura, riscos centrais, quantidade de dispositivos e aplicações utilizados, formas de armazenamento de dados, fabricantes dos softwares adotados e versões empregadas;
  1. Determine os profissionais responsáveis pela gestão. Quer a mão de obra seja interna ou terceirizada, é fundamental que ela seja devidamente capacitada do ponto de vista técnico, operacional, analítico e estratégico;
  1. Faça um mapeamento de todos os riscos aos quais a empresa está vulnerável, com foco especial nas informações sigilosas e prioritárias para a organização;
  1. Realize a análise de todo o cenário para definir as ações mais importantes do plano de gestão de vulnerabilidades, elencando as mais relevantes;
  1. Adote métricas e produza relatórios para mensurar a performance do gerenciamento de riscos, identificando brechas, prevendo futuros incidentes e implementando melhorias contínuas. 

À medida em que o papel estratégico da tecnologia avança, as empresas precisam acertar o passo no que tange às suas ações de cibersegurança e à eficácia da gestão de vulnerabilidades. Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas! 

Fique de olho nas atualizações do blog para mais novidades do universo da TI. Até a próxima! 

Créditos da imagem de destaque: freepik

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