Quando a pergunta é “o que é rootkit?”, estamos falando nada menos do que um malware ou software malicioso criado para se camuflar a si mesmo. Sim, você não leu errado: na corrida por driblar sistemas de segurança e as vítimas, roubando informações sem deixar rastros, os cibercriminosos não perdem tempo para desenvolver métodos sofisticados. 

No caso do rootkit, é comum que o “programa do mal” permaneça por meses e até mesmo anos no sistema sem ser descoberto. Para tirar suas dúvidas sobre a ciberameaça, suas formas de atuação, seus tipos e como se proteger, reunimos as informações mais importantes sobre o assunto a seguir. Vamos lá? 

Malware à vista: o que é rootkit? 

Da junção dos termos em inglês “root” (que se refere a obter o controle completo sobre um computador) e “kit”, o rootkit é um programa malicioso ou clandestino que permite ganhar acesso privilegiado a máquinas e ao mesmo tempo esconder ativamente sua presença. 

Vale destacar que, originalmente, a expressão dizia respeito a um conjunto de ferramentas que habilitavam um acesso de nível de administrador a uma rede ou computador. 

Na prática, “root” se refere a contas admin em sistemas Linux e Unix, enquanto os “kits” são os componentes de software que implementam a ferramenta. Atualmente, esses recursos geralmente são associados a malwares, tais como worms, vírus e cavalos de troia (trojans)

Em outras palavras, rootkits são um tipo de ataque desenhado para se manter escondido no seu computador, fornecendo aos hackers a habilidade de controlar seu(s) dispositivo(s) remotamente. 

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Quais danos um rootkit pode causar? 

Quando o assunto é o que é rootkit, os danos potenciais são muitos: o malware, afinal, habilita uma pessoa mal intencionada a assumir o controle sobre um computador de forma imperceptível. 

Uma vez que o rootkit é instalado, seu controlador pode executar arquivos remotamente e alterar configurações no computador host. O malware também permite espionar a ação do usuário legítimo da máquina, assim como rastrear o uso do teclado, roubar senhas, informações de cartão de crédito e outros dados bancários.

Vale ressaltar, ainda, que os rootkits dão aos hackers a capacidade de sequestrar ou derrubar softwares de segurança, o que os torna especialmente difíceis de serem detectados. De fato, esse tipo de malware pode “viver” por anos e até meses no computador de forma imperceptível, causando danos significativos.

Por vezes, a única forma de eliminar completamente um rootkit bem escondido é encerrar o sistema operacional (OS) do dispositivo e reiniciá-lo do zero. 

Como um rootkit infecta os computadores? 

As formas de infecção são múltiplas. É possível, por exemplo, que você faça um download do malware por engano ao baixar um app mobile comprometido, ou mesmo abrir um e-mail e baixar um arquivo malicioso que parece seguro – mas na verdade é um vírus

Conheça os principais tipos de rootkit 

O que é rootkit de memória?

Como o próprio nome indica, esse rootkit se esconde na memória RAM do computador (Random Access Memory), realizando ações danosas nos bastidores. A boa notícia, aqui, é que esse tipo de malware tem vida curta. 

Uma vez que o sistema for reiniciado, o rootkit em geral desaparece (por vezes, no entanto, é preciso empreender mais esforços para se livrar do problema). 

O que é rootkit de bootloader?  

Pode ser que você não saiba, mas o bootloader é uma ferramenta importante dos computadores, sendo responsável por carregar o sistema operacional (OS) depois que ligamos a máquina. 

Nesse cenário, o rootkit de bootloader ataca exatamente esse sistema, substituindo o bootloader legítimo por uma versão hackeada do mesmo. A partir daí, na prática, o rootkit consegue ser acionado antes mesmo que o OS do computador comece a operar. 

O que é rootkit de hardware ou firmware?

Esse tipo de rootkit se instala na infraestrutura do computador, podendo atingir o  hard drive (disco rígido), o roteador e até mesmo a BIOS do sistema (software instalado na placa mãe do dispositivo). 

Em geral, os hackers se utilizam dessa modalidade para interceptar os dados do disco, dificultando o trabalho até dos melhores programas anti-malware

Além de permitir aos cibercriminosos monitorar a atividade online, os rootkits de firmware também registram o uso do teclado pelo usuário. 

O que é rootkit de kernel?

Aqui, o alvo do malware é o “coração” do seu sistema operacional: os hackers podem se aproveitar disso para alterar as funções do OS do computador. Para tanto, basta aplicar um código malicioso, facilitando o acesso ao dispositivo e o roubo de informações pessoais. 

O que é rootkit de aplicação? 

O objetivo, nesse caso, é substituir os arquivos padrão do computador por arquivos de rootkit, assim como modificar as funcionalidades das aplicações padrão. Vale acrescentar, inclusive, que esses rootkits podem afetar programas como o Notepad, o Paint e o Word. 

Na prática, toda vez que o usuário acessar esses programas, ele estará fornecendo acesso aos hackers no computador. O problema é que os mesmos continuam a funcionar normalmente, o que cria um grande desafio de detecção da ameaça. 

4 dicas-chave para se proteger da ciberameaça 

1. Fique atento aos e-mails de phishing 

Baseando-se em técnicas de persuasão e engenharia social, os e-mails de phishing são uma séria ameaça à cibersegurança, convencendo os usuários a revelarem informações pessoais/financeiras ou a baixarem softwares maliciosos, como os próprios rootkits. 

Na grande maioria das vezes, esses e-mails parecem realmente legítimos, o que dificulta a identificação da fraude. Aqui, a mensagem induz o usuário a clicar em um link, que o guiará até um website falso. Uma vez nessa página, pode-se baixar acidentalmente um rootkit. 

Nesse sentido, a mensagem é clara: nunca clique em links que supostamente foram enviados por bancos e companhias do segmento financeiro. Caso o e-mail venha de uma empresa a qual você realmente está vinculado, prefira entrar em contato com os canais oficiais para descobrir se de fato há um problema. 

2. Tenha cuidado extra com downloads drive-by 

Sabe os downloads que acontecem automaticamente quando visitamos um site? São os downloads drive-by, que instalam malware de forma sorrateira no computador e são especialmente perigosos quando o assunto é o que é rootkit. 

De fato, você não precisa clicar ou baixar nada do site para que o problema aconteça! Ao contrário do que se pode pensar, não são apenas os sites suspeitos que viabilizam o drive-by: os hackers podem “infiltrar-los” em sites legítimos. 

Nessa perspectiva, a melhor tática de proteção é aprovar todas as atualizações de software do computador rapidamente. Para facilitar, é interessante configurar atualizações automáticas para OS, browsers e aplicações, garantindo os updates essenciais para manter a segurança em dia. 

3. Não baixe arquivos de fonte desconhecida 

Ao abrir anexos de e-mail e mensagens, o cuidado também deve ser redobrado – não abra ou baixe anexos de destinatários desconhecidos. Caso receba mensagens e anexos suspeitos, delete o conteúdo imediatamente. 

4. Mantenha as atualizações em dia  

Já mencionamos anteriormente, mas manter as atualizações em dia é tão fundamental que vale a pena ressaltar a ação: realizar os updates sempre que indicado é a medida de proteção mais importante contra rootkits, além de proteger contra outros tipos de malware

Esse cuidado vale para o sistema operacional, aplicações utilizadas no dia a dia e o software de antivírus da empresa, certo? 

Por fim, não custa lembrar: os rootkits são extremamente perigosos e sorrateiros, o que exige precaução máxima no uso da internet e no download de programas. 

Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas sobre o que é rootkit! Para maximizar a segurança do seu negócio contra essa e outras ciberameaças, saiba mais sobre a plataforma de proteção integrada que é referência em todo o mundo – o Acronis Cyber Protect!

Créditos da imagem de destaque: rawpixel.com

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