Quem acessa, como acessa, o que acessa: para desempenhar suas rotinas de trabalho, a equipe naturalmente precisa dar entrada nos sistemas corporativos – mas o gerenciamento de todo o processo deve ser rigoroso. Nesse sentido, investir em uma sólida política de controle de acesso é essencial para manter a segurança da informação.

De fato, controlar todos os acessos de usuários de uma organização – especialmente as de grande porte – não é uma tarefa simples. Além das brechas de proteção que podem viabilizar milhares de ciberataques, é preciso considerar as ações maliciosas vindas do ambiente interno do próprio negócio, assim como as novas regras da vigente Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

Nessa perspectiva, administrar os usuários de maneira eficiente é uma tarefa-chave para que as empresas protejam seus dados sem deixar de fornecer o privilégio necessário para as operações diárias. 

Para esclarecer suas dúvidas sobre o assunto, confira o conteúdo a seguir! 

Gerenciando usuários: os 3 passos do controle de acessos

Na elaboração de uma política de controle de acesso efetiva, seu negócio deve considerar diferentes frentes para minimizar as vulnerabilidades e aumentar a segurança do ambiente de TI, incluindo: 

  • o acesso à rede corporativa;
  • o acesso à web;
  • o acesso aos sistemas;
  • o acesso a arquivos e documentos. 

Nessa perspectiva, com o objetivo de controlar e verificar os usuários internos e externos em seus diversos acessos no dia a dia – fazendo com que cada pessoa visualize e edite somente o necessário para cumprir suas funções com sucesso -, é preciso investir em 3 passos: 

Etapa de autenticação 

Além da simples exigência das credenciais (login e senha), a etapa da autenticação atua como uma camada de proteção extra às contas e sistemas, solicitando a inserção de um elemento individual para legitimar a “entrada” dos usuários. 

Para a comprovação da identidade, a autenticação multifator (MFA) pode enviar um código via e-mail ou SMS, por exemplo, assim como lançar mão de tokens ou mesmo autenticação  biométrica. 

Saiba Mais 👉 Autenticação multifator (MFA): entenda o recurso de cibersegurança 

Etapa de autorização 

Por sua vez, a etapa de autorização tem a importante responsabilidade de elencar os níveis de permissão para cada usuário conforme a hierarquia empresarial ou função desempenhada

Naturalmente, os gestores e/ou altos executivos da organização terão acesso a dados sensíveis e estratégicos que não estarão disponíveis a outros colaboradores por uma questão de segurança e confidencialidade. Em poucas palavras, a autorização determina o que os usuários podem acessar e editar/modificar nas aplicações corporativas. 

Etapa de auditoria 

Para análise futura, a auditoria coleta os históricos de uso dos recursos corporativos de cada usuário em tempo real. Dessa forma, é possível analisar os registros para identificar possíveis erros e utilizações mal intencionadas por parte dos funcionários, verificando se as regras de permissão estão funcionando na prática. 

Política de controle de acesso: como elaborar?   

1. Defina os níveis de acesso

Na definição dos níveis de acesso dos usuários, o ideal é partir do pressuposto “tudo é proibido”. Depois que a permissão for negada para todos os dados e aplicações, a gestão pode autorizar os acessos conforme as necessidades do usuário na execução de suas tarefas. 

Nesse contexto, o superior direto de cada funcionário pode se encarregar de “liberar” os recursos de acordo com as atribuições do cargo. Dessa forma, a empresa impede a autorização de permissões incorretas.

2. Implemente uma gestão de senhas fortes e seguras 

De nada adianta investir na hierarquização de acessos e em autenticação multifator se os usuários não utilizarem senhas fortes. Se as credenciais forem previsíveis e fracas, o negócio abre portas para a ação cibercriminosa, incluindo invasões ao sistema e roubo de informações sensíveis e estratégicas. 

Por essa razão, é imprescindível que sua política de controle de acesso contemple a criação e a manutenção de senhas complexas, abrangendo as melhores práticas de segurança. 

Entre as regras mais importantes da área, podemos citar: 

  • elaborar senhas que misturem letras (maiúsculas e minúsculas), números e caracteres especiais, totalizando ao menos 8 caracteres;
  • não repetir as credenciais, criando senhas diversas para contas e sistemas diferentes;
  • alterar as senhas periodicamente; 
  • investir em gerenciadores de passwords, que auxiliam a controlar os múltiplos acessos por usuário de maneira segura. 

3. Realize uma auditoria periódica dos usuários 

De tempos em tempos, é fundamental realizar uma auditoria para verificar possíveis usuários inativos e a adequação das regras para cada cargo empresarial. Nesse sentido, a TI deve monitorar possíveis mudanças de função/setor dos colaboradores e desligamentos na empresa, ajustando as alterações às respectivas autorizações de acesso dos usuários.

Vale ressaltar que contar com o apoio do time de RH é  de grande valia no processo, tornando a comunicação sobre as movimentações dos funcionários mais ágil e efetiva. Lembre-se: as permissões devem refletir as atribuições e responsabilidades de cada cargo!

4. Conscientize toda a equipe 

Hoje, a grande maioria dos profissionais das empresas – independentemente do departamento – depende da web e do acesso a recursos de TI para desempenhar suas atividades diárias. 

Por esse motivo, a realização de treinamentos corporativos acerca da melhores práticas de segurança no acesso às informações – evitando os ataques de engenharia social, brechas e demais malwares – é fundamental para garantir o nível adequado de proteção nas operações empresariais. 

Principais riscos de segurança da informação, possíveis consequências, importância da correta gestão de senhas, técnicas de ataque hacker mais comuns: todos esses pontos devem ser abordados nos treinamentos, fazendo com que os colaboradores sejam verdadeiros aliados na cultura de cibersegurança do negócio. 

Conclusão 

É importante ter em mente que o nível de controle que uma organização possui sobre seus dados – que está diretamente associado à política de controle de acesso e de usuários – impacta seriamente o grau de proteção em relação às vulnerabilidades de segurança. 

Quanto mais rigorosa e eficiente for a gestão de privilégios de acesso a sistemas e aplicações, mais protegidos estarão os dispositivos empresariais – e mais controle a equipe terá sobre todo o ambiente de TI. 

Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas sobre esse assunto tão importante para a proteção corporativa. Agora que você sabe mais sobre a elaboração da política de controle de acesso, confira nossas dicas para guiar treinamentos de cibersegurança eficazes para a sua equipe! 

Créditos da imagem: freepik

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