Já ouviu falar em port scan ou port scanning? Muita gente não sabe, mas vários cibercrimes começam com um ataque de port scan, tática utilizada para identificar e explorar vulnerabilidades em sistemas

É interessante destacar, no entanto, que o termo não se refere necessariamente a uma ação maliciosa: a técnica também pode ser aplicada para finalidades legítimas, sendo usada para o gerenciamento de redes. 

Acompanhe a leitura para saber mais sobre o conceito de port scan, seus diferentes tipos e como se proteger de criminosos que tiram proveito da tática para ganhar acesso a dados e sistemas! 

Afinal, o que é port scan? 

Para deixar tudo mais simples, o processo de port scan pode ser comparado à ação de testar a maçaneta de vários carros para ver qual está trancado e qual está aberto – seja para cometer ou não um crime. 

Nesse sentido, port scan ou port scanning é um processo que visa localizar “portas abertas” em computadores, sendo que as “portas” são pontos de acesso pelos quais a informação transita nos dispositivos

Aplicada aos ataques hacker, esse método é empregado pelos criminosos para identificar pontos fracos e possíveis brechas pelas quais entrar nos computadores das vítimas. Assim, é uma das táticas cibercriminosas mais populares para a descobrir serviços que podem ser explorados para forçar a entrada em sistemas computacionais. 

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Para o bem e para o mal: aplicações do port scan 

Como mencionamos, a tática de port scan não é aplicada somente para fins de crimes cibernéticos – de fato, o processo é uma ferramenta tanto para hackers quanto para “defensores” de redes por razões semelhantes. 

Ele pode ser usado para mapear uma rede de reconhecimento para localizar portas, sistemas e softwares em uso, por exemplo. Determinados softwares legítimos de endpoint podem inclusive mapear uma rede para localizar uma impressora ou qualquer outro recurso – e esse escaneamento pode até parecer um ação maliciosa de port scan, mas não é.

Nesse cenário, os dados reunidos via port scan podem ser usados tanto para ataques quanto para defesa (ou seja, tanto para fins criminosos quanto para objetivos legítimos). Um hacker pode usar dados de port attack para identificar sistemas potencialmente vulneráveis e ganhar acesso às redes desejadas. 

Por sua vez, especialistas em segurança se utilizam das mesmas informações, mas com a intenção de levantar sistemas que podem ser explorados e então fortalecê-los, evitando uma invasão hacker. 

Esses profissionais também podem cruzar os dados obtidos via port scanning com dados de ferramentas de segurança para identificar os sistemas que demandam proteção. Podem, ainda, localizar novos dispositivos em uma rede que precisam ser analisados. 

Vale ressaltar que as organizações também podem se beneficiar diretamente de práticas de mapeamento de port scan, permitindo encontrar erros na configuração da rede ou em defesas de sistema. 

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Malware em cena: e o ataque de port scan, como funciona? 

Mas e quando a intenção por trás do escaneamento é mesmo maliciosa? Como funciona um ataque de port scan? 

Bem, como mencionamos, a técnica ajuda os hackers a determinar quais “portas de computador” são mais vulneráveis, facilitando a entrada nos sistemas das vítimas. Além do acesso à rede, esse ataque também pode visar o roubo de dados

Por meio da tática, os cibercriminosos podem visualizar informações importantes sobre os sistemas de suas vítimas, incluindo: 

  • quais usuários são proprietários dos serviços;
  • quais serviços estão funcionando atualmente;
  • quais dos serviços de rede requerem autenticação;
  • se logins anônimos são ou não permitidos. 

O processo de identificar vulnerabilidades no port scan funciona assim: os criminosos enviam uma mensagem para cada uma das portas de acesso, que emitem também uma resposta. Essa resposta revela se a porta está sendo utilizada, além de possíveis pontos de insegurança que podem ser explorados. 

É interessante notar que os impactos desses ataques na rede variam de acordo com os métodos aplicados pelos cibercriminosos. 

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Como evitar esses ataques? 

Em primeiro lugar, é importante reforçar que é impossível evitar 100% dos ataques de port scan. Se o seu negócio usa um servidor web, é natural que algumas das portas de acesso apresentem vulnerabilidades. 

Dito isso, as organizações de fato precisam bloquear e interromper ataques agressivos de port scan, que acabam causando problemas operacionais. Caso não haja riscos consideráveis, a conduta de “ignorar” esses escaneamentos (voltando o foco para áreas sob maior risco) é aceitável. 

Nesse contexto, quando o assunto é a proteção contra ameaças de port scan, uma abordagem simples e eficaz para limitar a exposição dos dados corporativos é investir em um Sistema de Prevenção de Intrusão (IPS) e em um bom firewall.

Enquanto o IPS é capaz de detectar possíveis port scans que estão em execução (encerrando-os antes que sejam capazes de mapear toda a rede corporativa), o firewall entra em cena para controlar quais portas estão expostas/vulneráveis e para quais usuários elas são visíveis. 

E então, esclareceu suas dúvidas sobre port scan? Vale a pena ressaltar, por fim, a necessidade de outras práticas de segurança importantes, como o backup gerenciado para prevenir a perda de dados valiosos, bons antivírus e ferramentas integradas de segurança com grande poder anti-malware. 

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Créditos da imagem: freepik

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