Quando o assunto é análise de dados no meio digital, o termo “analytics” – especialmente na forma da ferramenta Google Analytics – é bastante conhecido para mensurar resultados e detectar tendências e comportamentos. Nesse sentido, a expressão security analytics vem para descrever uma abordagem de cibersegurança em pleno crescimento: o estudo das informações com o objetivo de definir ações de proteção. 

Monitorar o tráfego da rede, por exemplo, pode ser um caminho estratégico para detectar os indicadores de comprometimento antes que uma ameaça real acometa os dispositivos. 

Se nada pode prever o futuro (especialmente quando se trata dos ataques hacker), investir em ferramentas de security analytics que rastreiam e analisam eventos de segurança é um recurso extremamente valioso para agir de maneira preventiva e adotar as medidas adequadas a tempo, minimizando prejuízos. 

A seguir, esclareça suas dúvidas sobre a perspectiva da segurança cibernética, seus benefícios e quais as aplicações dessa análise nos setores de TI das empresas! 

Entenda o conceito: o que é security analytics

Como já mencionamos rapidamente, trata-se de uma abordagem que se baseia na coleta de dados, na agregação de dados e em ferramentas de análise para realizar a detecção de ameaças e o monitoramento de segurança

Nesse cenário, as empresas que apostam nessa perspectiva são capazes de analisar eventos para identificar potenciais ameaças antes que eles possam impactar negativamente a infraestrutura e os dados do negócio. 

Diante da evolução constante das ameaças digitais, os recursos de security analytics combinam habilidades de big data, machine learning e inteligência artificial para identificar problemas e anomalias, ativar alertas e gerar relatórios que descrevem a causa e a origem das ciberameaças. Como consequência, a TI se torna apta a responder e solucionar incidentes com mais agilidade e eficácia

Na prática, o security analytics é um recurso com capacidade de coletar e fazer a análise de uma imensa quantidade de dados, de diversas fontes e de maneira automatizada. 

Vale mencionar que a vantagem da ferramenta se torna ainda mais destacada porque se estende para as empresas que contam com diferentes sistemas de proteção que atuam isoladamente, uma realidade bastante comum nas organizações. 

O mecanismo do processo 

Em primeiro lugar, vale destacar que o conceito de analytics, no contexto da inteligência das empresas, não é uma novidade. A prática diz respeito, afinal, a implementar processos em TI para analisar grandes volumes de dados, extrair insights relevantes e então definir estratégias coerentes com essas necessidades. 

Nesse cenário, o security analytics vem para trazer maior controle e centralização para as ações de segurança da informação, tendo em vista que os negócios costumam contar com diversas ferramentas de proteção que funcionam de maneira isolada. 

Na prática, essa abordagem trabalha com um escopo definido na área de cibersegurança, apostando em um sistema integrador que seja capaz de coletar todos esses dados importantes e submetê-los a recursos de monitoramento. A partir daí, os padrões são analisados de maneira automatizada a fim de identificar possíveis problemas e anomalias. 

Quando há uso de machine learning, os resultados são ainda melhores – isso porque o sistema vai aprendendo com os hábitos dos usuários e outros padrões de evento, melhorando cada vez mais a detecção de potenciais ameaças.  

Para a TI, as vantagens são muitas, porque o setor adquire maior visão sobre os processos e se torna apta a agir com mais eficiência diante de problemas, identificando brechas ocultas e incrementando, como um todo, a estratégia de proteção de dados. 

Benefícios: por que apostar em security analytics nos negócios?

Detecção acurada de incidentes de segurança e melhor resposta 

As ferramentas de security analytics são capazes de rastrear e analisar uma grande variedade de dados, fazer conexões entre diferentes eventos e emitir alertas para detectar incidentes de segurança ou ciberameaças em tempo real. 

Visão global 

A estruturação das informações possibilitada pela ferramenta proporciona uma visão global do cenário de segurança da empresa, tanto em tempo real quanto do histórico como um todo. Com isso, a TI se torna apta a encarar as brechas e ameaças por meio de um controle centralizado, permitindo realizar melhores planejamentos, tomar melhores decisões e acelerar as soluções. 

Incremento da investigação de ações hacker 

Os recursos de security analytics podem oferecer insights acerca da origem dos ataques, da forma como os sistemas foram comprometidos e quais ativos foram afetados, além de permitir verificar quaisquer perdas de dados, por exemplo. 

Nesse sentido, a abordagem disponibiliza uma “linha do tempo” de qualquer incidente, o que por si só fornece insights para evitar que eventos similares ocorram novamente. 

Monitoramento da rede 

A ferramenta consegue monitorar a rede em tempo real, sem mecanismos de intrusão. Isso é especialmente vantajoso porque é muito comum que os servidores sejam atacados de dentro da rede – com isso, os cibercriminosos podem ser detectados no momento em que atuam, sem ter conhecimento sobre esse monitoramento. 

Atendimento às políticas de compliance 

O security analytics implica que todas as informações são monitoradas e armazenadas de forma adequada, caso haja necessidade de auditoria. Isso é extremamente valioso para atender às regulamentações e exigências legais. 

É o caso da nova LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que determina regras para a coleta, o uso e o tratamento das informações dos usuários. Nessa perspectiva, a ferramenta permite manter uma organização muito relevante para acompanhar de perto os dados necessários, além de detectar eventuais problemas de compliance. 

Exemplos de aplicação da abordagem 

Como se pode perceber, o security analytics pode ser aplicado para a análise de dados em diferentes frentes, rastreando tanto eventos criminosos quanto dados de usuários e de utilização da rede interna. 

Nesse sentido, aplicações e usos comuns da ferramenta nas empresas são: 

  • monitoramento do comportamento dos usuários, incluindo potenciais atividades suspeitas;
  • detecção de ameaças em potencial;
  • monitoramento da atividade dos colaboradores do negócio;
  • análise do tráfego da rede para detectar padrões que revelem possíveis ataques;
  • identificação de ameaças internas;
  • investigação de ação maliciosa;
  • detecção de contas comprometidas;
  • demonstração de atendimento à regras de compliance em auditorias;
  • identificação de uso impróprio de contas de usuário, como contas compartilhadas;
  • investigação de eventos de cibersegurança.

Para finalizar, vale mencionar também que o security analytics exige uma implementação e manutenção relativamente fáceis, além de permitir análises automatizadas e eliminar grande parte do trabalho manual da equipe de TI. Não por acaso, é uma solução que tem ganhado cada vez mais adesão nas empresas. 

E aí, gostou do conteúdo? Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas! Para continuar a se informar sobre a postura da TI diante de potenciais ciberameaças, confira também as diferenças entre um gerenciamento proativo e reativo da área! 

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