A contínua sofisticação das ameaças cibernéticas tem complicado a vida das empresas e de usuários finais, especialmente quando a ação criminosa é silenciosa e quase imperceptível. Isso acontece quando o assunto é o que é keylogger

De maneira geral, o conceito está relacionado com o registro do pressionamento de teclas em um teclado, gravando cada digitação para fins criminosos ou não. De fato, o keylogger também pode ser aplicado (pessoal ou profissionalmente) para um objetivo legítimo de monitoramento em TI. 

A seguir, saiba mais sobre essa forma de ameaça digital, como identificá-la e combatê-la!  

Entenda o conceito: o que é keylogger? 

Formado a partir dos termos “keyword” (teclado) e “log” (registro), o keylogger pode ser traduzido rapidamente como “registrador de teclado”. Trata-se de um programa malicioso bastante traiçoeiro, uma vez que os usuários raramente reconhecem que a ameaça está ativa, monitorando e registrando tudo o que é digitado. 

Baseados em software (mais comum) ou hardware, os keyloggers são um tipo de spyware que, utilizado para fins criminosos, pode roubar informações financeiras e confidenciais, a exemplo de códigos PIN, dados de cartão de crédito, números de conta bancária, logins, senhas e quaisquer outros dados sensíveis. 

Na maioria das vezes, essas violações são aplicadas para cometer fraudes e até mesmo roubo de identidade. 

Vale acrescentar que muitos keyloggers contam com funcionalidade root-kit. Isso significa que eles se “escondem” facilmente no sistema. Os chamados programas trojan-spy podem rastrear a atividade do usuário – inclusive a de teclado e screenshots -, salvar os dados no disco rígido e passar essas informações para hackers. 

Keylogger não é exclusivo de cibercriminosos 

Embora sua aplicação mais conhecida seja mesmo a atividade criminosa, o uso de keylogger, como já mencionamos, não é exclusivo dos hackers. Muitos profissionais da área de tecnologia fazem uso da prática para salvar dados digitados por um software terceiro ou mesmo para usar como log de dados. 

Pais de crianças e adolescentes também podem apostar em keylogger para saber o que seus filhos estão acessando na web, além de acionar notificações caso haja alguma ação suspeita. 

Da mesma maneira, gestores e lideranças investem na prática para proteger informações corporativas confidenciais, além de otimizar o desempenho da equipe. 

Quais são os principais tipos de keylogger? 

Como são variações de spyware, os keyloggers realmente atuam como espiões de informações sigilosas, repassando-as para os cibercriminosos. Diferentes categorias ou tipos do malware, entretanto, podem ser identificados. 

De acordo com os especialistas, existem três tipos principais de keylogger: 

  • Driver ou Kernel keylogger: esse programa opera como driver, capturando as informações diretamente do dispositivo de entrada dos dados, como um mouse ou teclado. Uma vez que funciona nesse nível, não pode roubar dados que se “autocompletam”, como senhas e informações de login; 
  • Softwares que utilizam a funcionalidade “hooking”: trata-se de malwares sofisticados que muitas vezes contam com um programa executável que possibilita sua ação, além de biblioteca DLL para a interpretação das informações digitadas. São os scripts que conseguem captar dados do teclado por meio da função SetWindowsHookEx(), do Windows; 
  • Hardware keyloggers: por sua vez, esses keyloggers, como o próprio nome intui, são físicos – trata-se de pequenos dispositivos posicionados entre a CPU e o teclado, conseguindo inclusive se manter indetectáveis por certo tempo. Diferente dos dois primeiros keyloggers, esse tipo não pode ser evitado com proteção de endpoints e programas antivírus

4 formas pelas quais o keylogger pode se instalar 

Quando o tópico central é o que é keylogger, há um outro ponto essencial a ser abordado: de que forma esses programas maliciosos infectam computadores e outros dispositivos? 

Na prática, são muitas possíveis maneiras. Por vezes, esses malwares são inclusos ou anexos a outros tipos de malware, a exemplo de vírus, cavalos de troia e worms. De fato, é um software muito furtivo que pode analisar as teclas pressionadas e prever o que o usuário está digitando no computador – frequentemente sem levantar suspeitas. 

Confira 4 estratégias pelas quais o keylogger pode entrar em ação: 

1. Trojan ou cavalo de troia 

Os famosos (e comuns) vírus cavalos de troia por vezes são portas de entrada para a instalação de keyloggers via e-mails e anexos maliciosos, assim como golpes de phishing. 

Enquanto os e-mails de phishing são falsos e-mails que parecem vir de fonte conhecida, os hackers também podem tentar levantar informações sobre suas vítimas e enviar mensagens divulgando conteúdos ou cupons de desconto de seu interesse, por exemplo – sempre com o objetivo de induzir o clique. 

Vale mencionar, inclusive, que novos trojans que contêm keylogger são continuamente desenvolvidos para roubar dados de pagamento informados e gravados nos dispositivos do usuário. 

2. Script de página na web

Outro método de ingresso da ameaça nos computadores é a visita a websites falsos ou maliciosos. Nesses casos, o script da página se torna apto a explorar as vulnerabilidades no browser da vítima. 

3. E-mail de phishing (fazer o link) 

Se clicar em um link ou anexo em um e-mail de phishing (infectado com o malware), você pode expor seu dispositivo a um keylogger. Nesse sentido, é essencial que os usuários e colaboradores de empresas se mantenham atentos para não clicar, abrir ou baixar links e anexos de e-mails de fonte desconhecida, mensagens de texto ou redes de trabalho interpessoais – todos esses conteúdos podem conter malware. 

Vale a pena, ainda, ficar de olho em links de redes sociais e websites suspeitos. 

4. Sistema infectado 

Sistemas e dispositivos que já estão infectados com algum tipo de malware podem ser explorados por keyloggers. Ao se aproveitar dessas brechas de segurança, os hackers podem instalar outros softwares maliciosos. 

A dificuldade de detecção 

Apesar dos esforços de empresas e especialistas em cibersegurança, a verdade é que alguns keyloggers podem agir no escuro durante muito tempo. 

O desafio de detecção também está associado à variedade de locais de alojamento da ameaça: alguns deles podem residir no nível da API do teclado, enquanto outros se alojam no sistema operacional do computador, na memória ou mesmo no nível do kernel (núcleo ou “cérebro” do computador). 

Além disso, nem sempre os keyloggers provocam problemas perceptíveis, como falhas ou lentidão no processamento. Por vezes, os próprios programas antivírus falham na identificação – os spywares são conhecidos por se esconderem com eficácia. 

Outro disfarce comum do keylogger é sua capacidade de se parecer com um arquivo comum ou tráfego normalizado, conseguindo até mesmo se reinstalar. 

No caso dos keyloggers que são hardwares, a identificação é mais simples – pode se tratar de um novo pendrive acoplado ao computador, por exemplo. 

Keylogger: mas afinal, como se proteger do malware? 

Se a detecção do malware pode ser tão desafiadora, o que fazer para proteger as redes e dispositivos (corporativos ou não) do keylogger? 

Vamos lá: 

Invista em teclados virtuais e alternativos 

A maioria dos keyloggers afeta layouts tradicionais de teclado. Por esse motivo, apostar em formatos diferenciados e softwares de teclados virtuais é uma boa pedida para evitar o cibercrime. 

Aposte em programas anti-spyware

Embora essas soluções de segurança não consigam impedir a ação de keyloggers em hardware, elas apresentam uma proteção bastante eficaz contra os malwares baseados em software. 

Nesses casos, os anti-spyware podem detectar, desabilitar, pausar e até mesmo erradicar o problema. 

Aposte em software anti-keylogger 

Especializado, esse tipo de sistema de segurança é pensado para detectar keyloggers ao comparar os arquivos dos computadores com a base de dados do próprio malware. 

Considere adotar sistemas de conversão de voz para texto 

Essa é mais uma estratégia para evitar o uso de teclado. Sua eficácia, no entanto, depende do modo como o texto é reconhecido por cada um dos programas de keylogger.  

Além das medidas acima, outros cuidados básicos são igualmente importantes: 

  • não faça o download de anexos de sites e e-mails de procedência desconhecida; 
  • aplique métodos de autenticação em dois fatores para proteger sites e sistemas importantes; 
  • mantenha o antivírus sempre atualizado; 
  • invista em gerenciadores de senhas e de firewall. 

Como podemos perceber, a proteção adequada contra determinados keyloggers pode demandar uma ampla gama de ações, treinamento, estratégias e ferramentas de segurança. 

Além da conscientização de usuários e colaboradores, investir em uma maior variedade de defesas é importante para proteger informações pessoais, sigilosas e financeiras. 

E então, gostou do conteúdo e das dicas? Esperamos que as informações te ajudem a fortalecer sua cibersegurança. Agora que você sabe o que é keylogger, confira também como escolher o melhor antivírus para empresas! 

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