Você sabe o que é snapshot? Tempos atrás, o termo era utilizado apenas como um sinônimo de “retrato instantâneo”. Entretanto, hoje a expressão se refere a uma ferramenta que oferece uma recuperação de dados mais rápida do que o backup convencional – e tende a ser um complemento vantajoso para o mesmo.  

É interessante resgatar que, para minimizar catástrofes relacionadas a perda de dados, invasão de sistemas e corrupção de arquivos (a exemplo de ciberameaças e desastres naturais), o backup entra em cena como a principal estratégia para retomar as operações corporativas. 

Nessa perspectiva, o snapshot também pode ser um aliado para auxiliar na restauração de dados e promover vantagens interessantes para usuários e negócios. 

A seguir, confira o que é snapshot, suas diferenças em relação ao backup tradicional, funcionamento da estratégia e principais dúvidas sobre o assunto! 

Afinal, o que é snapshot? 

o que e snapshot
Créditos: BiZkettE1

O snapshot ou “cópia instantânea” é o registro do estado de um arquivo, aplicação ou sistema em um certo ponto no tempo. Dessa forma, é criada uma “fotografia” do status dos dados em um determinado momento, permitindo definir o ponto correto de restauração em casos de erros e falhas. 

Em outras palavras, trata-se de uma captura ou cópia virtual dos dados

Fique atento, portanto, para não confundir snapshots com cópias de backup. Os primeiros são registros de um sistema ou computador em um dado instante, visando organizar a restauração em situações adversas.

Diante desse cenário, reforçando o que é snapshot, é importante mencionar que o objetivo da estratégia é manter diversas capturas ou “fotografias” do sistema para permitir que o usuário seja capaz de restaurar os dados em diferentes momentos no tempo. Nesse sentido, caso ocorra um incidente de segurança, ele conseguirá recuperar um snapshot (ou um “estado ideal dos dados”) anterior.

Como o processo funciona na prática? 

Na prática, como podemos perceber, o snapshot permite que o usuário retome versões prévias de um sistema de arquivos, banco de dados, dispositivo e outros. A partir daí, com a manutenção da prática, é possível resgatar o estado passado de uma unidade da empresa em qualquer snapshot anterior.  

Em poucas linhas, trata-se de uma possibilidade de reverter arquivos ou dados para um status passado desejado. 

Nesse sentido, os snapshots são como uma captura de um momento no tempo ou uma “mesa de conteúdos” que indica quais blocos e arquivos existiam em um certo ponto anterior – e onde eles estavam armazenados. 

Ao acionar o recurso, é possível modificar uma unidade de arquivos para um status que reflete o snapshot, removendo ou movimentando blocos de conteúdo, por exemplo. 

No caso dos blocos que forem removidos, é preciso mantê-los – dessa forma, eles são adicionados ao snapshot caso sejam necessários. Nessas situações, a versão retomada dos dados pode ser uma mistura de metadados de snapshots anteriores (ou seja, dados que informam sobre a própria procedência dos mesmos), dados retidos por esses snapshots e tudo o que consistir em uma cópia relacionada dos dados.

Diante de todas essas informações, reforçamos que snapshots não são backups porque eles não são cópias de fato. Vale lembrar que, embora as capturas não ocupem tanto espaço individualmente, seu volume pode crescer de maneira significativa (em especial se houver muitos arquivos deletados). 

Por esse motivo, os fornecedores geralmente limitam o volume de snapshots que podem ser mantidos. 

Confira também 👉 Backup as a service: o que é e qual a importância?

Como implementar o snapshot? 

A implementação da ferramenta é simples: 

  1. Em primeiro lugar, é necessário estabelecer uma agenda para a realização automática das capturas instantâneas, de forma a contemplar os arquivos que são alterados e acrescentados; 
  1. Em seguida, a captura inicial salva os dados dos arquivos primários ou originais. As próximas capturas armazenarão as modificações realizadas; 
  1. Caso um dos arquivos alterados seja corrompido, a última captura anterior à corrupção é localizada;
  1. O arquivo é restaurado conforme seu status prévio. 

Qual é a diferença entre backup e snapshot? 

Quando o assunto é o que é snapshot, esta é uma das principais dúvidas: qual é a diferença entre o processo e o backup? 

Se você está acompanhando o artigo até aqui, é provável que já tenha compreendido que se trata de duas práticas bastante distintas. Vamos lá: 

Dito de forma simples, o backup é o processo de realizar e armazenar cópias de dados. Em geral, essas cópias são armazenadas em uma locação diferente do conteúdo original (como a nuvem), tornando-as ideais para cenários de disaster recovery ou recuperação de desastres. 

Vale lembrar que os backups são projetados para serem armazenados por longos períodos, atuando para restaurar os servidores após uma falha, ciberataque ou catástrofe. 

Por sua vez, os snapshots são uma foto instantânea do sistema de arquivos dos servidores em um certo momento no tempo. Essa imagem, como conferimos, captura todo o sistema de arquivos tal como era quando o snapshot foi realizado. 

A partir daí, quando um snapshot é aplicado para restaurar o servidor, o equipamento será revertido no estado exato existente no instante da captura. 

Diferentemente dos backups, os snapshots são pensados para armazenamento de curto prazo. De fato, quando o espaço se esgota, novos snapshots eventualmente assumirão o lugar dos antigos. Por essa razão, de maneira geral, a estratégia é recomendada somente para as empresas que desejam reverter seus dados para uma versão recente do servidor – e sempre de forma conjunta ao backup. 

Snapshot: vantagens e desvantagens 

Quando investigamos o que é snapshot, existem vantagens importantes que podemos destacar sobre o processo, principalmente porque ele permite um retorno mais rápido para um ponto anterior no tempo do que os backups

Outro benefício em relação à realização de cópias de segurança é que o snapshot possibilita uma proteção muito mais frequente. De fato, é possível programar snapshots de hora em hora, sem afetar os sistemas de trabalho. Por sua vez, os backups mais frequentes são guiados diariamente fora do horário do expediente, tendo em vista que podem impactar os recursos da empresa.

Outras vantagens da estratégia incluem: 

  • a restauração é extremamente rápida;
  • a criação dos snapshots é instantânea; 
  • diversas capturas do sistema podem ser realizadas em pouco tempo;
  • é possível agendar capturas a cada hora;
  • há baixo consumo de armazenamento, uma vez que os snapshots armazenam somente metadados ou definem marcadores sobre os dados originais;
  • não há muita exigência de performance do dispositivo de armazenamento.

E quanto às desvantagens dos snapshots? 

Na prática, um dos principais pontos vantajosos do snapshot (sua capacidade de ser rapidamente disponível) também representa uma desvantagem – isso porque as capturas geralmente são armazenadas em dispositivos locais. 

Isso significa que os snapshots são vulneráveis a quaisquer interrupções, danos e panes no sistema local, uma vez que se utilizam da capacidade de armazenamento interna. Vale lembrar, ainda, que o recurso não consegue restaurar arquivos que já estavam danificados ou corrompidos antes da captura. 

Por essas razões, é fundamental frisar que o melhor uso dos snapshots é de forma conjunta a uma estratégia de backup. 

Utilizar as modalidades como aliadas é interessante porque os snapshots são indicados para uma maior frequência da proteção (medida em minutos ou horas), enquanto os backups são utilizados para proteção diária. 

Na prática, o menor tempo de retenção dos snapshots (que são deletados cerca de 48 horas depois) pode se combinar com a execução de um ou dois backups no mesmo período, tendo em vista que esses últimos permanecem armazenados a longo prazo. 

O snapshot não substitui o backup, mas práticas podem se complementar 

Como vimos, o snapshot não substitui o backup, uma vez que apresenta um alto nível de vulnerabilidade. Entretanto, a estratégia pode atuar como uma aliada valiosa do processo, permitindo uma restauração fácil e rápida das imagens capturadas. 

Nesse sentido, a captura instantânea pode ser empregada para retomar dados em situações como uma atualização mal-sucedida, um arquivo que foi alterado de maneira equivocada ou informações que foram corrompidas ou acidentalmente excluídas. 

E então, gostou do conteúdo? Esperamos que tenha esclarecido suas dúvidas sobre o que é snapshot e suas funcionalidades. Para aprofundar seus conhecimentos no assunto, saiba mais sobre o backup contínuo ou continuous data protection (CDP)!

Créditos da imagem de destaque: pch.vector

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