Diante da necessidade de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o avanço vertiginoso das ciberameaças, o tema da proteção de dados nas empresas nunca foi tão debatido – e urgente. Essa proteção, vale lembrar, nada mais é do que o processo de defender informações importantes contra violação, danos ou perda. 

À medida em que o volume de dados criados e armazenados continua a crescer em níveis inéditos – e a tolerância com a indisponibilidade das informações só fica menor -, a temática assume uma relevância inquestionável. 

De fato, grande parte de uma estratégia eficaz de proteção é garantir que os dados possam ser restaurados rapidamente após um incidente crítico de segurança, além de evitar violações às informações e assegurar sua privacidade. 

É interessante destacar, ainda, que a pandemia de COVID-19 levou milhões de profissionais de todo mundo ao modelo home office, reforçando a demanda pela proteção remota de endpoints. 

No guia a seguir, confira os principais pontos sobre o conceito de proteção de dados, assim como tendências de destaque e estratégias-chave para os negócios! 

Os princípios da proteção de dados 

Em linhas simples, os princípios-chave da proteção de dados são garantir a segurança e a disponibilidade dos dados em quaisquer circunstâncias. Vale destacar, aqui, que o termo data protection (proteção de dados) é aplicado para descrever tanto o processo de backup quanto as práticas de disaster recovery – recuperação de desastres – e a continuidade do negócio

Nesse cenário, as estratégias do segmento estão evoluindo em duas direções: a disponibilidade e o gerenciamento das informações. 

Quando falamos sobre disponibilidade, nos referimos ao acesso garantido aos dados sempre que necessário para os usuários, permitindo prosseguir com as rotinas de trabalho mesmo se as informações forem violadas ou perdidas.

Por sua vez, o gerenciamento diz respeito a duas áreas centrais: o gerenciamento do ciclo de vida dos dados e o gerenciamento do ciclo de vida das informações. O primeiro define o processo de automatizar a transferência dos dados críticos para armazenamentos online e offline. O segundo se refere a uma estratégia para valorizar, catalogar e proteger ativos de informação contra erros de aplicações/usuários, ataques de vírus e malware, falhas de equipamentos ou interrupções. 

Mais recentemente, a gestão de dados passou a incluir também a identificação de maneiras de desbloquear o valor comercial de cópias de dados inativas para geração de relatórios, habilitação de testes/desenvolvimento, análises e outros fins.

4 tendências de proteção de dados nas empresas 

1. Hiperconvergência 

Com o advento da hiperconvergência (que agrupa diferentes serviços em pacotes para facilitar o gerenciamento de TI), os fornecedores já vêm oferecendo ferramentas de backup e recuperação para ambientes físicos e virtuais, sejam eles hiperconvergentes, não hiperconvergentes ou mistos. 

Com a nova aposta do mercado, as capacidades de proteção integradas a uma infraestrutura hiperconvergente já estão substituindo toda uma variedade de dispositivos no data center

2. Evolução da proteção contra ransomware 

No centro das discussões sobre malwares, o ransomware (que sequestra dados corporativos e exige um pagamento de resgate para devolvê-los) continua a se mostrar um desafio crescente. 

Ao longo do tempo, métodos tradicionais de backup foram utilizados para proteger os dados contra a ciberameaça. Entretanto, ações mais sofisticadas de ransomware estão se adaptando a esses procedimentos, o que aumenta seu potencial destrutivo

Para se ter uma ideia, a última versão conhecida do ataque cibernético se infiltra vagarosamente nos dados empresariais – com isso, a organização acaba fazendo o backup do vírus juntamente com os dados. A situação torna difícil, senão impossível, resgatar  uma versão “limpa” das informações. 

Com o objetivo de enfrentar esse problema, os fornecedores estão trabalhando para adaptar as soluções de backup e recuperação e as metodologias às novas demandas trazidas pela evolução do ransomware. 

Por sua vez, os negócios devem assegurar que estão protegendo seus dados de maneira remota, uma vez que as ameaças do malware são amplificadas no contexto de home office

Confira também: (E-book): Ransomware: o guia definitivo para identificar e combater a ameaça 

3. Gerenciamento de cópia de dados (CDM) 

Já ouviu falar em CDM? Os sistemas de copy data management visam reduzir o número de cópias de segurança dos dados, eliminando as redundantes e mantendo somente os dados primários e a cópia do backup. 

Dessa forma, é possível reduzir o espaço de armazenamento necessário e simplificar a gestão e a proteção das informações. As soluções também aceleram os ciclos de lançamento de aplicações, aumentam a produtividade e reduzem os custos administrativos através de automação e controle centralizado. 

As previsões para o CDM incluem a adição de mais inteligência ao processo, combinando o gerenciamento de cópias com as plataformas de análise de dados. 

4. Disaster recovery como serviço (DRaaS) 

O disaster recovery as a service, recuperação de desastres como serviço ou ainda DRaaS está em alta e é uma opção cada vez mais frequente para a proteção de dados nas empresas. 

A estratégia, vale lembrar, é indicada principalmente para sistemas críticos de negócios nos quais uma quantidade crescente de dados é replicada – e não apenas submetida ao backup. 

Proteção de dados nas empresas: 4 estratégias-chave 

Nos dias de hoje, uma estratégia sólida de proteção de dados envolve sistemas que apoiem o backup e ofereçam segurança contra os seguintes problemas: 

1. Proteção contra falhas técnicas 

O objetivo, aqui, é manter os dados disponíveis mesmo nos casos de falhas de dispositivos de armazenamento. Nesse sentido, é interessante apostar tanto em mídias locais (como discos, fitas e servidores) quanto no armazenamento em local remoto. 

O backup híbrido, por sua vez, preserva a disponibilidade e a integridade dos dados ao confiar simultaneamente na infraestrutura física local e no backup na nuvem, permitindo a restauração das informações em situações de falhas e panes técnicas. 

Leia Mais: Backup híbrido: o que é e por que optar pela solução?

2. Proteção contra a violação de dados 

Quando os dados são violados/corrompidos ou deletados acidentalmente, a tecnologia de snapshots (registros instantâneos do status de um sistema ou dispositivo para planejar a restauração de informações em caso de falhas) pode entrar em cena para solucionar o problema. 

Atualmente, a maioria dos sistemas de armazenamento consegue captar centenas de snapshots sem efeitos significativos na performance. Além disso, essas soluções são aptas a funcionar com aplicações-chave nas empresas, tais como o Oracle e o Microsoft SQL Server, capturando uma cópia “limpa” dos dados enquanto o snapshot está em execução. 

A partir daí, em contextos de violação ou perda acidental das informações, é possível minimizar ao máximo as perdas e acelerar o tempo de recuperação – que é praticamente instantâneo. 

3. Proteção contra falhas no sistema de armazenamento 

Para proteger contra falhas múltiplas no hard drive (ou outros grandes eventos), os data centers confiam em tecnologias de replicação baseada em snapshots

Com a replicação de snapshots, somente os blocos de dados que foram alterados são copiados do sistema de armazenamento primário para um outro armazenamento off-site, fora do local de trabalho. 

A replicação de snapshots também é utilizada para replicar os dados para um armazenamento local secundário. Dessa forma, o dispositivo fica disponível para recuperação se o sistema primário falhar. 

4. Proteção contra falha completa no data center 

Prevenir a perda de um data center (uma parcela essencial da proteção de dados nas empresas) exige um plano sólido e completo de disaster recovery. Assim como em outros cenários de falha, a situação oferece múltiplas opções. 

Mais uma vez, a replicação de snapshots, na qual os dados são replicados para um local secundário, é uma alternativa interessante. Os custos de disponibilizar um local secundário, no entanto, podem ser proibitivos. 

Nessa perspectiva, os serviços em nuvem são outro possível caminho. Uma organização pode, inclusive, apostar na replicação juntamente com produtos de backup em nuvem para armazenar as cópias mais recentes de dados – e que são mais críticas e importantes em contextos de desastres. O resultado, aqui, é uma rápida recuperação diante da perda de um data center

Ficar por dentro das tendências e principais riscos em termos de proteção de dados nas empresas é primordial para definir e implementar uma estratégia eficaz de segurança. Esperamos que tenha gostado do conteúdo! 

Para simplificar as ações de segurança da informação no seu negócio e garantir a qualidade de um procedimento primordial para a disponibilidade dos dados (e a continuidade das operações), saiba mais sobre as vantagens do backup as a service (backup como serviço)! 

Fonte: Search Data Backup 

Créditos da imagem de destaque: rawpixel.com

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