As ferramentas anti-malware são um componente essencial de qualquer programa de segurança para empresas. Vale lembrar que esse tipo de solução visa identificar ações e arquivos maliciosos, bloqueando-os antes que haja quaisquer danos

Com diferentes formas de implementação, esses sistemas tendem a incorporar as mesmas técnicas de identificação de ameaças. Nesse sentido, conhecer essas técnicas é altamente vantajoso para os negócios, que podem entender melhor quais são os softwares anti-malware mais adequados para manter sua proteção em dia. Saiba mais! 

Software anti-malware: como funciona? 

As soluções anti-malware identificam ameaças de diferentes maneiras, a depender das características de cada ferramenta e do seu local de aplicação. Fundamentalmente, esses softwares analisam um determinado arquivo, código, plugin ou amostra, investigando se há perigos. Em seguida, reportam os resultados e paralisam a execução dos programas. 

Depois, há o processamento de uma amostra do arquivo. Com isso, o objetivo é determinar se ele é criptografado, desvendando seu formato e outras características. A partir dessas informações, o software determina como analisar o arquivo. Uma vez que a amostra está pronta para análise, a ferramenta utiliza diversos filtros de detecção, verificando se há ou não ameaça. 

A depender da ferramenta anti-malware, o arquivo pode ser aberto e monitorado em um ambiente restrito. Se a solução for utilizada em um e-mail, web proxy, sistema de prevenção de invasão (IPS) ou similares, um processamento adicional pode ser necessário antes que as técnicas de detecção entrem em cena.  

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Quais são os tipos de detecção de malware?

As técnicas de detecção de vírus e malwares são classificadas de diferentes maneiras. Confira: 

Detecção baseada em assinatura

Essa tecnologia utiliza aspectos-chave do arquivo examinado para criar uma impressão digital de malwares já conhecidos. Dessa forma, a assinatura pode representar uma série de bytes no arquivo, assim como uma hash criptográfica do arquivo ou suas seções. 

Esse método de detecção já foi um elemento essencial nas ferramentas antivírus – e continua integrando muitas ferramentas atuais, embora sua importância esteja diminuindo. 

Vale destacar uma limitação significativa da modalidade: não conseguir alertar sobre arquivos maliciosos cujas assinaturas ainda não foram desenvolvidas. Dessa forma, essa brecha acaba possibilitando a ação de cybercriminosos. 

Detecção baseada em heurística 

Esse método visa uma detecção generalizada de malwares, analisando estatisticamente os arquivos para buscar características suspeitas. Por exemplo, uma ferramenta anti-malware pode procurar por instruções incomuns ou códigos maliciosos no arquivo analisado. 

Ela pode, ainda, simular a execução de um arquivo para verificar seu comportamento. Nesse cenário, um único atributo suspeito pode não ser suficiente para sinalizar um arquivo como malicioso. Entretanto, diversas dessas características  podem exceder o limite esperado de riscos, levando a ferramenta a classificar o arquivo como malicioso. 

De fato, a grande desvantagem da tecnologia heurística é que ela pode, eventualmente, sinalizar arquivos legítimos como suspeitos. Algumas dessas ferramentas possuem um recurso integrado para investigar potenciais indicadores de comprometimento, ou seja, certificados maliciosos que são usados para assinar arquivos nessas detecções. 

Detecção comportamental 

Como o próprio nome indica, essa modalidade de anti-malware analisa o processo de execução de um programa, e não apenas simula sua forma de execução. Esse método busca identificar malwares ao investigar possíveis comportamentos suspeitos. Notificar essas ações, de fato, habilita a ferramenta a detectar a presença de ameaças que já “passaram batido” antes.  

Para auxiliar no processo de identificação e proteção contra ransomware, a detecção comportamental pode até mesmo impedir que arquivos adicionais sejam criptografados. 

Assim como acontece no modelo de heurística, cada uma dessas ações, por si mesmas, podem não ser capazes de classificar um programa como malware. No entanto, se tomadas em conjunto (somadas a outras detecções), essas iniciativas podem ser eficientes na indicação de arquivos maliciosos

Vale mencionar que o uso de técnicas comportamentais aproxima as ferramentas anti-malware dos serviços de host IPS, que tradicionalmente existiam como uma outra categoria de produto.  

Detecção baseada em nuvem 

Essa modalidade de detecção identifica malwares ao coletar dados de computadores protegidos. Para tanto, a análise é realizada na própria infraestrutura do provedor – não se trata, assim, de uma análise local. 

A investigação geralmente é realizada através da captura de detalhes relevantes sobre os arquivos e seu contexto de execução, enviando-os para processamento na nuvem. Por sua vez, esse processamento pode incluir a execução do potencial arquivo malicioso, avaliando suas próximas ações. 

O agente de anti-malware local precisa desempenhar somente um processamento mínimo. Além disso, o mecanismo de nuvem é capaz de derivar padrões relacionados às características e comportamentos do malware, correlacionando dados de múltiplos sistemas. 

É interessante acrescentar que a maioria dos provedores dessas ferramentas já incluiu as tecnologias de inteligência artificial e machine learning na infraestrutura de análise de malware, automatizando o processamento. 

Detecção de malwares invisíveis (sem arquivo) 

Esse método de detecção é um dos avanços mais importantes e recentes nas tecnologias anti-malware. Aqui, os malwares são detectados com base em um script ou comando, que são executados em um endpoint

Vale lembrar que um comando ou script malicioso funciona através de uma aplicação ou mecanismo de script que já está instalado no endpoint, tirando proveito dos privilégios do usuário atual para performar ações maliciosas. 

Concluindo… 

Ainda que as técnicas de detecção de malware tenham sido descritas de maneira individual, é importante destacar: as diferenças entre elas são, muitas vezes, mínimas. Para se ter uma ideia, os termos “detecção baseada em heurística” e “detecção comportamental” são muitas vezes usados como sinônimos. 

Além disso, esses métodos – assim como a detecção baseada em assinatura – tendem a desempenhar um papel ativo quando a ferramenta anti-malware incorpora recursos baseados em nuvem. 

Saiba Mais: As falhas de segurança da informação mais comuns nas empresas (e como resolvê-las)

Malware de múltiplas camadas 

Para se manterem a par do número crescente de ameaças cibernéticas, os provedores de softwares anti-malware precisam incorporar múltiplas camadas de segurança em suas ferramentas. Confiar em um único método de proteção, afinal, não é mais um caminho viável. 

De fato, cada uma das soluções anti-malware (com suas diferentes técnicas de detecção) possui seus próprios pontos fortes e fracos. Ao combinar ferramentas diversas (investindo em uma abordagem multidisciplinar), as empresas conseguem melhorar suas taxas de detecção de ameaças, garantindo que diversas variedades de malware sejam devidamente monitoradas. 

É interessante acrescentar, porém, que se uma abordagem em múltiplas camadas é a ideal, muitas equipes de segurança em TI podem se tornar sobrecarregadas com a gestão de ferramentas adicionais. Frequentemente, o uso efetivo de uma única solução pode se mostrar desafiador o suficiente para a capacidade do negócio. 

Diante desse contexto, é importante que as empresas façam uma avaliação das suas próprias necessidades, considerando os limites e potenciais do seu time de profissionais. A partir dessa análise, será possível determinar a adoção das ferramentas anti-malware mais adequadas para a realidade, os riscos e as demandas de cada negócio. 

E então, gostou do conteúdo? Para saber mais sobre soluções de segurança e proteção contra ameaças virtuais, confira nossas dicas para escolher o melhor antivírus para seu negócio! 

Fonte: TechTarget

Créditos da imagem de destaque: freepik

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