Talvez porque seja uma área muito relacionada à precaução e à prevenção de desastres (e não à lucratividade propriamente dita), a segurança da informação ainda não recebe os investimentos e a atenção que merece por parte de inúmeras empresas brasileiras.

É importante destacar: qualquer negócio está vulnerável às falhas de segurança. Nesse quadro, a questão tende a se tornar ainda mais crítica quando falamos da proteção dos dados e de uma política que regularize procedimentos de segurança em TI (muitas companhias não contam nem mesmo com um plano de ação para prevenir e lidar com riscos).

Em meio a esse cenário, um dos aspectos mais curiosos é perceber que a maior parte das falhas é considerada básica e se repete nas organizações, relacionando-se a um conjunto de medidas de proteção que deveria ser prioridade dos gestores.

Será que sua empresa possui brechas na proteção de dados e está muito mais vulnerável do que você imagina? A seguir, abordamos 6 falhas comuns de segurança nos negócios e como solucioná-las para evitar verdadeiras catástrofes!

As principais falhas de segurança da informação nas empresas

Ausência de políticas para prevenir e minimizar riscos

Política de segurança da informação, política de backup, plano de continuidade… todos esses documentos sistematizam orientações e ações importantes de segurança em TI para guiar a empresa na prevenção e na resolução de crises.

Não dispor desses regulamentos significa “deixar a empresa na mão” no momento em que grandes problemas aparecem. Vale lembrar também que a legislação brasileira não contempla certas questões centrais de TI, tais como o monitoramento de mensagens de e-mail. Nesses casos, é a empresa que deverá ditar as regras para que os usuários saibam como proceder.

Por outro lado, não basta formular regulamentos se não houver uma revisão constante das normas. Planejamentos devem ser organismos vivos, que incorporam mudanças e adaptações externas. Um belo plano de continuidade do negócio de nada vale se permanecer empoeirado na estante – é preciso testar, mudar, atualizar e questionar, sempre.

Má gestão do controle de acessos

Essa é uma das falhas de segurança mais comuns nos negócios. Com frequência, as empresas contam com muitos usuários que utilizam o mesmo acesso, ou possuem uma má gestão nas políticas de permissão e confidencialidade de acesso aos dados.

Para evitar que as informações fiquem expostas ao vazamento e aos crimes virtuais (como o ransomware e outros malwares), é fundamental investir em uma política de controle de acesso.

A partir daí, a empresa poderá ter um maior domínio sobre as pessoas que podem acessar, alterar e/ou remover arquivos e sistemas corporativos, reduzindo inclusive a chance de perder documentos estratégicos da organização.

Analise, junto às equipes dos diferentes setores, quais documentos são acessados diariamente para cumprir as atividades de rotina. Com essa avaliação, é possível restringir o acesso aos arquivos essenciais, protegendo todos os demais dados.

Vazamento de informações sigilosas

Já que estamos falando sobre controle de acesso aos dados, vale a pena mencionar outra brecha de segurança bem mais comum do que se imagina: o vazamento de informações sigilosas.

É preciso ficar atento: manter dados confidenciais altamente estratégicos da empresa na web pode representar um tremendo prejuízo. As ações cibercriminosas e os ataques virtuais são uma das principais razões para o vazamento dessas informações, mas é importante ter em mente que muitas vezes o perigo é interno!

A equipe pode, por exemplo, estar usando redes sociais e vazando dados estratégicos do negócio sem saber. Isso pode ocorrer tanto durante a publicação de conteúdo privado em mídias pessoais quanto através do uso de aplicações de menor porte vinculadas às redes sociais (principalmente o Facebook).

Boas estratégias para combater o problema incluem a criação de uma boa política de acesso (como mencionamos no tópico anterior) e a classificação das informações corporativas de acordo com seu nível estratégico e sigiloso, armazenando-as em servidores com diferentes graus de proteção.

Pecar na realização e no gerenciamento do backup

Muito falamos, aqui no blog, sobre a importância-chave da criação de cópias de segurança que protejam os arquivos corporativos em caso de desastres. O procedimento garante que funcionários e gestores mantenham o acesso a dados importantes mesmo em casos de problemas técnicos, desastres naturais, ataques hacker e erro humano (como deletar arquivos acidentalmente).

Em poucas palavras, não fazer backup expõe seu negócio ao grande risco de perder total ou parcialmente os dados corporativos mais estratégicos, ou seja, aqueles que garantem que o negócio continuará a funcionar.

Cabe destacar, ainda, uma outra falha frequente de segurança relacionada ao backup: a ausência do acompanhamento adequado do processo.

Mesmo os backups automáticos, que podem ser programados, não estão isentos de falhas e necessitam do monitoramento de um profissional qualificado e capacitado. Muitas vezes, o ideal é terceirizar o serviço, otimizando os recursos da empresa e assegurando os resultados.

Leia mais: Por que o backup corporativo precisa de monitoramento constante?

Adotar sistemas de baixa qualidade

Você sabia que aplicativos mal desenvolvidos são uma das principais vias de acesso para crimes cibernéticos no ambiente empresarial?

Muitas vezes, as falhas em softwares e aplicações são inclusive rastreadas para dar início a ataques hacker, sequestro de informações e violação de dados. Em grande parte dos casos, nem mesmo o próprio desenvolvedor do produto conhece as vulnerabilidades do mesmo.

Para se prevenir contra o problema, é fundamental ter cuidado no momento de contratar softwares para o negócio, investigando a qualidade das aplicações ao solicitar análises externas dos códigos por empresas especializadas.

Certifique-se de avaliar, também, a política de suporte do software (visto que o documento é útil para verificar como a empresa realiza correções de segurança). Por fim, ainda que pareça óbvio, nunca é demais destacar: fuja de sistemas piratas, que aumentam – e muito – as chances de entrada de malwares. Tais sistemas, afinal, possuem seus códigos-fonte alterados.

Pouco treinamento e conscientização da equipe

Sim, ter uma equipe que desconhece medidas básicas de proteção de dados é uma grande falha de segurança da informação nas empresas!

Por esse motivo, trabalhar para a conscientização da equipe, transformando os colaboradores em verdadeiros vigilantes digitais, é uma ação crucial. O treinamento dos usuários vai desde orientar a não clicar em e-mails suspeitos e criar senhas fortes a uma política de downloads e redes sociais no ambiente de trabalho.

Muitos malwares, incluindo o temido ransomware, se instalam a partir de sites e mensagens aparentemente inofensivos, que podem “passar batido” na rotina do dia a dia. Mantenha a equipe atenta!

E então, gostou do conteúdo? Identificou alguma das falhas de segurança da informação no seu negócio? Comente para nos contar suas dúvidas sobre o assunto e nos siga no LinkedIn, Facebook e Twitter para conferir mais novidades em primeira mão!

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