O backup está entre os procedimentos de segurança de maior importância para as empresas e usuários em geral. Nesse sentido, elaborar um cronograma de backup e implementar uma estratégia de agendamento é essencial para garantir a disponibilidade de informações, sistemas e arquivos indispensáveis para os negócios.
Esclareça suas dúvidas e confira as melhores práticas sobre o assunto a seguir!
Por que o cronograma de backup é tão importante?
Ao permitir programar previamente a data, hora e periodicidade da realização das cópias de segurança, o cronograma (schedule) estabelece os intervalos de tempo ideais para o backup de cada tipo de arquivo, sistema, banco de dados e qualquer outro tipo de informação crítica.
A ferramenta, dessa forma, tem como objetivo determinar a frequência de backup dos dados, assim como a(s) mídia(s) a serem utilizadas no processo.
Nesse cenário, além de facilitar a vida dos profissionais de TI e aumentar a segurança, a elaboração de um cronograma de backup garante o cumprimento de alguns pontos importantes:
- restauração de arquivos que foram acidentalmente excluídos (principalmente se forem dados estratégicos e críticos);
- manter o disaster recovery ativo para situações de emergência, recuperando e reiniciando sistemas e bancos de dados críticos em caso de perdas e/ou ataques cibernéticos;
- conformidade com os objetivos de tempo de recuperação (RTO) e ponto de recuperação (RPO), duas métricas importantes para o gerenciamento de backup e recuperação;
- conformidade com possíveis requisições de regulamentos em proteção de dados e auditorias de TI, já que a realização de cronogramas contribui para a documentação desses processos;
- definição dos tempos de início e fim de todos os backups regulares da empresa, incluindo os testes, ferramentas e recursos usados no processo;
- agendamento dos backups para períodos que não interfiram nas rotinas de trabalho da equipe, garantindo a máxima produtividade e o mínimo de interferências.
Leia Mais: Por que o backup corporativo precisa de monitoramento constante?
Frequência certa para agendamento: os tipos de backup
Os chamados “tipos de backup” estão diretamente relacionados à frequência de realização do procedimento. Trata-se, é claro, de um ponto fundamental para uma boa estratégia de planejamento do cronograma.
A periodicidade ideal deve levar em conta a frequência de atualização dos dados. Planilhas com dados de clientes que são alteradas todos os dias, por exemplo, também devem ser submetidas ao backup diariamente. Confira as classificações:
Backup de dia zero (day zero backup)
É o backup realizado quando um novo sistema for completamente instalado na empresa e estiver pronto para uso. Esse primeiro backup estabelece a base inicial para atualizações futuras.
Backup diferencial (differencial backup)
Esse backup cria uma cópia de todos os artigos que foram alterados desde o último backup completo. É indicado para os sistemas e dados críticos que são alterados com frequência, sendo um procedimento de base diária.
Backup completo (full backup)
De periodicidade semanal ou mensal, o backup completo é indicado para dados importantes, mas que não têm tanta frequência de atualização.
Vale destacar que esses backups armazenam todos os arquivos e sistemas dentro do servidor, ou ainda armazenam sistemas/dados selecionados pelo proprietário dessas informações. É aconselhável fazer esse backup regularmente, assim como quando houver grandes mudanças na infraestrutura de TI.
Backup incremental
Esse backup cria uma cópia de todos os arquivos que mudaram/foram atualizados desde um backup anterior.
Geralmente, um cronograma de backup mensal é composto por vários backups incrementais e alguns backups completos, conforme exemplo abaixo:
Leia Mais: Política de backup: conceito, importância e dicas de elaboração
Cronograma de backup: melhores práticas
Embora criar um cronograma de backup pareça ser uma tarefa bastante simples, os departamentos e prestadores de serviços de TI precisam se manter atentos a determinados tópicos e práticas fundamentais.
O resultado deve ser um planejamento eficaz, de fácil compreensão e que vá de encontro às demandas das lideranças.
Nesse sentido, a elaboração deve contemplar os seguintes tópicos:
Local de armazenamento
Onde as cópias de segurança serão armazenadas? Será um servidor local, um dispositivo móvel ou um serviço baseado na nuvem? Essa informação deve ser considerada no cronograma, assim como constar nas políticas de backup e segurança da informação ( especialmente importantes para as auditorias de TI).
Definição dos dados para backup
Essa, é claro, é uma informação básica para estabelecer um cronograma de backup, incluindo o tipo e a frequência adequadas para o procedimento. De maneira geral, todos os dados do ambiente de TI precisam passar por backup, com uma periodicidade compatível com o orçamento e as necessidades da empresa.
A criticidade dos dados e a frequência de atualização dos mesmos, como mencionamos, deve guiar a escolha pela melhor modalidade e forma de armazenamento. Para garantir a segurança, o backup híbrido é o caminho mais indicado.
Profissionais responsáveis pelo processo
Quem será o responsável pela execução e monitoramento do procedimento? É importante que a política de backup defina os administradores do backup e suas tarefas específicas, o que pode envolver treinamentos internos para garantir o bom andamento do processo e o uso adequado de tecnologias e recursos.
Prazos (time frames) para a realização dos backups
A definição dos melhores prazos ou períodos de tempo para a realização do backup deve levar em conta as requisições e demandas do negócio.
Determinados sistemas e arquivos podem requisitar backup imediato após sua modificação, por exemplo (é o caso dos dados mais críticos e valiosos para a empresa). Por sua vez, os backups completos costumam ser realizados após o expediente ou nos fins de semana, evitando interferir ou paralisar as rotinas de trabalho.
De fato, muitas variáveis influenciam na frequência e nos prazos da prática:
- o local de armazenamento dos backups;
- o sistema ou serviço responsável pela realização dos backups;
- as métricas de RPO e RTO do departamento;
- os requisitos definidos pelos gestores e proprietários dos dados.
Vale acrescentar, ainda, que esses critérios devem ser constantemente revistos junto à gestão, garantindo que o cronograma, as operações e as políticas de backup estejam alinhados.
Restauração dos dados a partir do backup
Como se sabe, uma das principais funções do backup é possibilitar a recuperação ou restauração de dados e sistemas caso de algum problema ou incidente. Nesse sentido, outro ponto que o cronograma de backup deve contemplar é a prioridade para backup versus a prioridade para restauração.
O critério analisado, nesse caso, deve ser a criticidade dos dados em questão.
Local de armazenamento dos dados e sistemas restaurados
Em situações de emergência, pode ser necessário restaurar dados ou sistemas para uma plataforma alternativa (e não no próprio sistema original). Esse é um ponto-chave para o disaster recovery e também deve ser considerado no cronograma de backup.
Para esse propósito, as plataformas baseadas em nuvem são as mais indicadas, assim como o apoio de provedores de serviços gerenciados de TI (MSPs).
Por fim, é importante ressaltar que o cronograma de backup vai variar conforme as necessidades de cada organização – e a ferramenta deve ser revisada de tempos em tempos, garantindo o alinhamento com as metas e a eficiência desejada.
Esperamos que essas informações sejam úteis e contribuam para a disponibilidade e a proteção dos dados do seu negócio/seus clientes. Conheça nossos serviços gerenciados de backup para empesas e nossas condições para parcerias com prestadores de serviços!
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