Você sabia que os MSPs (managed services providers ou provedores de serviços gerenciados) são os alvos preferidos para ciberataques em 2021? Ao lado dos serviços de nuvem, esses profissionais serão visados por uma série de tendências em crimes cibernéticos ao longo do ano que se inicia. 

Com o fim do tumultuado ano de 2020, os especialistas em cibersegurança estudam análises e projetam as ameaças hacker que devem prosseguir ao longo de 2021. Nesse cenário, determinados pontos são consenso entre grande parte dos pesquisadores. 

Em primeiro lugar, a industrialização dos cibercrimes tende a continuar crescendo, à medida em que hackers lançam mão de tecnologias avançadas como IA e automação para promover ataques mais efetivos. 

Além disso, os trabalhadores remotos continuarão a ser almejados, uma vez que as vulnerabilidades de seus dispositivos permitem acesso fácil aos sistemas corporativos. Os ataques a processos de negócio também aumentarão. 

No entanto, o alarme mais preocupante é mesmo a escolha dos MSPs e dos serviços de nuvem como a aposta central dos hackers nos próximos meses.  A seguir, saiba por que essa é uma escolha dos especialistas e como é possível se proteger com eficácia! 

Por que os MSPs são alvos tão atrativos para os hackers? 

Como um provedor de serviços gerenciados, você oferece infraestrutura de TI e sistemas voltados a usuários finais – isso significa que seus clientes confiam dados sensíveis, ativos valiosos e propriedade intelectual ao seu negócio. 

De fato, os MSPs muitas vezes são encarados como consultores confiáveis que integram a equipe dos seus clientes. Por esse motivo, contam com acesso privilegiado aos sistemas e servidores das empresas

Os MSPs também são players vitais na cadeia de suprimentos dos seus clientes nos mais diversos segmentos de mercado. Com isso, um único comprometimento nos dispositivos de um provedor de serviços pode se propagar para outros clientes e organizações, criando uma reação de efeito dominó caso o ataque não seja devidamente mitigado. 

Efeito dominó, menina dos olhos para os cibercriminosos 

Como se sabe, os cibercriminosos são movidos por uma única coisa: lucro. Segundo o relatório de previsões dos especialistas em cibersegurança da Acronis, as gangues de hackers devem focar seus esforços em maximizar o impacto e a lucratividade em 2021, visando aumentar a eficiência dos seus ataques. 

Nesse sentido, fica clara a grande vantagem promovida por brechas nos sistemas e dispositivos de MSPs: tentar invadir as redes empresariais de múltiplas organizações leva tempo e é ineficaz. Por outro lado, um único ataque bem-sucedido contra um provedor de serviços não apenas permite acesso à rede do profissional, mas também aos dados de todos os seus clientes

Não por acaso, os ganhos potenciais com esse único ataque aumentam exponencialmente, propiciando um esquema altamente vantajoso para ações maliciosas. 

Mas afinal, quais práticas de segurança podem ser adotadas pelos MSPs para evitar esse efeito cascata desastroso? É o que veremos a seguir! 

6 passos fundamentais de proteção para MSPs

Na corrida por potencializar suas defesas e vedar a invasão cibercriminosa, os MSPs devem adotar tanto abordagens táticas quanto estratégicas de segurança. Nesse sentido, os especialistas da Acronis apontam 6 ações-chave: 

1. Exija forte autenticação 

As tecnologias de ponta que agora são utilizadas pelos hackers aumentaram o nível do “jogo” – os ataques de força bruta conseguem crackear senhas fracas com muita rapidez. 

Se você ainda não tomou essa precaução, a hora é agora: implemente senhas fortes e únicas com autenticação multifator para as suas próprias redes e as redes dos seus clientes. 

Outro cuidado importante é garantir o funcionamento e a segurança da função de reset das senhas e tokens de acesso à nuvem, entre outros mecanismos utilizados. Para dar um passo à frente na proteção, mantenha um monitoramento detalhado dos logins de usuário, além de aplicar análises de comportamento ou zero trust verification

2. Rastreie quaisquer ameaças existentes no seu sistema 

Preparar-se de antemão para prevenir ataques é extremamente importante. Mas você sabe se já existem ameaças rondando seu sistema neste exato momento? 

A menos que você realize varreduras regulares à procura de malware, é provável que não. Para agravar a situação, aqui vai um dado: os hackers geralmente têm acesso ao sistema das vítimas cerca de 220 dias antes de serem detectados. 

Nesse sentido, é fundamental apostar em ferramentas de monitoramento e detecção contínuos de ameaças. Quanto antes agir, mais rápida será a mitigação do ataque. 

3. Atualize todos os seus softwares 

Todos os meses, mais de 1000 vulnerabilidades são identificadas. Diante desse quadro crítico, manter todas as atualizações e patches de softwares em dia é imprescindível. 

Para facilitar e garantir a realização do processo, aposte em automações de patching sempre que possível. É interessante, ainda, manter um inventário de todos os dispositivos e softwares utilizados – isso ajuda a assegurar que as atualizações estão em dia, eliminando as brechas de segurança. 

4. Centralize a segurança 

Manter pontos isolados de segurança aumenta a complexidade do processo e cria mais oportunidades para os hackers. Dessa forma, além de consolidar e automatizar a cibersegurança o máximo possível, é importante garantir visibilidade entre os sistemas e dispositivos (especialmente nos serviços de nuvem), criando uma central que permita um gerenciamento eficiente ao longo de toda a rede. 

5. Verifique as regras de acesso 

Verifique todas as configurações dos serviços de nuvem dos seus clientes. Para ter uma ideia, estima-se que 53% das organizações que usam serviços de nuvem permitiram acesso acidental ao público, colocando todos os dados em risco. 

Aqui, vale a regra máxima de proteção: permita que os usuários tenham acesso somente ao que é essencial para o seu trabalho.

6. Garanta a segurança dos backups e teste as restaurações 

Considerando o foco dos hackers nos MSPs e seus clientes, é essencial contar com uma solução de cibersegurança integrada para proteger os dados que passaram por backup e os sistemas de disaster recovery

Além disso, é importante escanear os arquivos de malware para rastrear possíveis malwares ocultos, garantindo que os dados estão “limpos” e confiáveis para qualquer restauração necessária. 

Em seguida, faça os testes das próprias restaurações em sistemas de disaster recovery. Ao confirmar sua eficiência, é possível garantir um bom resultado de recuperação de informações em caso de real necessidade. 

Em se tratando dos MSPs, os riscos dobram e as consequências são ainda mais devastadoras: afinal, além dos dados e sistemas do seu negócio, as informações sigilosas dos seus clientes também estão em jogo. Esperamos que nossas dicas te ajudem a assumir uma postura mais proativa e eficaz em cibersegurança! 

Agora que conferiu este conteúdo, veja também como funciona e por que vale a pena oferecer backup e recuperação para seus clientes! 

Créditos da imagem: jcomp

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