Nos últimos anos, as organizações enfrentaram um desafio crescente: enquanto  aumentavam seu investimento em infraestrutura de cibersegurança, a ameaça de ataques e violação de dados também só escalou em uma velocidade sem precedentes. 

Esse cenário reforça a necessidade de alinhar questões de segurança na nuvem, redução de riscos e privacidade de dados, assim como validar a eficiência dos controles de proteção dos ativos críticos do negócio

A seguir, confira 5 fortes tendências de cibersegurança para 2020 e saiba mais sobre o contexto que vem se definindo para o futuro! 

5 grandes tendências de cibersegurança em 2020 

1. Mais impacto do risco cibernético nos negócios

Quando ocorre um ataque ou violação cibernética em um ativo digital de uma empresa, a verdade é que há muito mais em jogo do que a perda de dados – que já é muito grave por si só. É preciso considerar também o grande impacto na reputação e na credibilidade da marca, além do potencial prejuízo financeiro que se traduz em processos judiciais e perda de receita

Um estudo recente da empresa FireEye revelou que mais de 90% das organizações acreditam que o cenário de ameaças cibernéticas vai continuar o mesmo ou piorar em 2020. Ainda assim, mais da metade dos negócios não se consideram preparados para a possibilidade de serem afetados por um cibercrime. 

Além disso, 29% das empresas que já contam com um planejamento para lidar com ataques virtuais e violações de dados não testaram ou atualizaram seus documentos nos últimos 12 meses ou mais. 

Atualmente, é possível perceber uma falta de sintonia entre a gestão e os times de segurança nas empresas, que não estão avaliando o risco cibernético em termos de impacto financeiro, operacional e de prejuízo para a marca. 

Nesse sentido, o impacto do risco cibernético para os negócios e a pressão dos líderes para identificar e combater ameaças de segurança também vão aumentar. 

Saiba Mais: Malware: conheça os principais tipos dessa ameaça

2. Necessidade de fortalecer a segurança devido à transformação digital, IoT e nuvem distribuída 

Com a contínua transformação digital de empresas de todos os setores e o crescente uso de dispositivos IoT (Internet das Coisas),as organizações estão transferindo um número cada vez maior de sistemas, aplicações e dados para a nuvem pública

Em particular, a chamada nuvem distribuída tem ganhado destaque, já que a possibilidade de ter data centers alocados em qualquer lugar oferece vantagens de performance. Essa transformação em relação à nuvem e o uso crescente de dispositivos conectados permite que as empresas cortem custos, reduzam o gerenciamento de infraestrutura e entreguem uma experiência mais envolvente para o cliente. 

No entanto, os benefícios da nuvem distribuída também trazem a necessidade de aumentar a vigilância. Afinal, mais aplicações e dispositivos conectados à nuvem distribuída ampliam o terreno de atuação dos cibercriminosos. 

Nesse cenário, as previsões são:  

  • As empresas vão buscar cada vez mais soluções de segurança baseadas em nuvem para proteger seus ativos digitais;
  • A tendência de adotar essas soluções vai gerar uma grande necessidade de mensurar a eficácia da segurança na nuvem, garantindo que sistemas e controles estão funcionando corretamente;
  • O crescente uso de Internet das Coisas e dispositivos móveis nas empresas vai aumentar a necessidade de segurança na camada de aplicação, impedindo que os dispositivos conectados à nuvem abram espaço para novas vulnerabilidades de ataque. 

Saiba Mais: Armazenamento de dados na nuvem: 5 precauções importantes 

3. Ataques ainda mais requintados de ransomware  

Ele foi o grande vilão de 2019, mas os invasores vem elevando ainda mais o padrão. O cibercrime ransomware vem acrescentando ou alterando características para confundir os usuários e complicar a ação da medidas de proteção anti-ransomware

Além de continuar a ser uma das maiores ameaças de 2020, a ameaça está se tornando mais objetiva e letal. Ao invés de fazer a criptografia aleatória de todos os dados possíveis, por exemplo, os cibercriminosos estão focando em informações comerciais de grande valor, aumentando as chances de obterem os resgates exigidos. 

Uma outra mudança é o crescimento no número de atacantes que usam o ransomware, o que aumenta o risco de ataques automáticos para causar grandes impactos. Vale lembrar que o Brasil está entre os países mais afetados pelo cibercrime, alcançando o 2º lugar no ranking mundial

É essencial manter controles de segurança robustos, monitoramento e cobertura de todos os sistemas, redes e terminais, assim como instalar atualizações de softwares sempre que estiverem disponíveis. 

Saiba Mais: Anti-malware: como funciona e quais são os tipos de detecção de ameaças?

4. MSPs atuando como consultores de segurança 

É cada vez mais importante que os MSPs (Provedores de Serviços Gerenciados) se destaquem no mercado através de educação em segurança para as empresas. Em 2020, esses profissionais devem se manter atualizados sobre as tendências de ameaças cibernéticas (que estão evoluindo rapidamente) e sobre as melhores soluções de cibersegurança disponíveis. 

Dessa forma, os MSPs poderão oferecer proteção efetiva para seus clientes, além de orientação e ajuda para garantir a segurança contra os sofisticados ataques dos dias de hoje. 

Vale destacar, ainda, que esses profissionais devem tomar providências para proteger seus próprios ambientes de trabalho, uma vez que vêm sendo alvos frequentes dos criminosos. É interessante apostar na autenticação de dois fatores e na segurança em camadas para blindar a rede contra ameaças. 

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5. Tentativas criminosas de corromper detecção de machine learning 

O machine learning já é uma parcela fundamental da estratégia de segurança em grande parte das empresas – e os cibercriminosos estão cientes disso. Nesse sentido, devem crescer as tentativas de enfraquecer os sistemas baseados na tecnologia. 

É possível esperar, assim, mais esforços criminosos para enganar a detecção de malwares por machine learning, além de tentativas de tirar proveito dessa inovação para gerar conteúdos falsos que possibilitem ataques de engenharia social

Diante dessas ameaças, além de prevenir a ocorrência de ataques, é interessante que as organizações invistam na segurança em camadas, buscando identificar e até conter ataques complexos de maneira rápida. 

E então, o que achou do conteúdo? Conhecer as tendências de cibersegurança em 2020 é fundamental para entrar em sintonia com o mercado e planejar melhores ações de proteção. Aproveite para saber mais sobre o plano de continuidade de negócios em TI! 

Referências: análises das empresas Verodin e Sophos

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