A falta da manutenção e do gerenciamento adequados é um dos principais erros que se pode cometer nas rotinas de backup. Com o passar do tempo e as mudanças comuns na configuração do processo, as boas práticas de segurança podem acabar sendo negligenciadas, incluindo uma etapa essencial: o teste de backup

Sem essa checagem regular, você coloca as cópias dos dados do seu negócio em risco – com frequência, os profissionais até mesmo não sabem mais dizer se o backup realizado realmente está completo. E nem é preciso reforçar a gravidade dos possíveis danos de uma perda de dados, certo? 

Será que o backup da sua empresa vem sendo eficiente? A seguir, saiba mais sobre a importância do teste de backup e confira x dicas para colocá-lo em prática com sucesso! 

Por que fazer o teste de backup regular é tão indispensável?  

A verdade nua e crua é a seguinte: backups sem os devidos testes podem ser até mesmo inúteis. Sem que haja a realização desses “check-ups” regulares, corre-se o risco de falha na recuperação dos dados. Considerando a grande importância das informações, sistemas, aplicações e processos de trabalho nas empresas, a necessidade do processo se torna ainda mais urgente! 

Ainda que a política de backup e o plano de contingência e recuperação de desastres (disaster recovery) tenham um papel fundamental para a eficiência do procedimento, é preciso lançar mão de mais estratégias e o monitoramento constante para garantir a segurança do backup. 

Como mencionamos, é comum que o processo passe por mudanças de configuração, fazendo com que a rotina de backup fique vulnerável a problemas e, por diversos motivos, não seja executada. Nesse contexto, a empresa pode perder dados cruciais para o andamento dos seus processos

Diante de todo esse cenário, o teste de backup (realizado regularmente) é uma peça essencial para verificar a eficácia da realização e da transferência das cópias de segurança dos dados – dessa forma, é possível garantir que as informações estarão protegidas caso haja necessidade de restauração das mesmas.

Leia Mais: Disaster recovery: o que é e por que sua empresa precisa ter?

4 passos para guiar um teste de backup bem-sucedido 

Agora que você sabe mais sobre a importância-chave do teste de backup, sabemos que muitos questionamentos podem surgir: afinal, como fazer um teste eficaz? Com qual frequência testar o backup? Como escolher o processo mais adequado para as necessidades da sua empresa?

A seguir, listamos 4 etapas básicas para te ajudar na empreitada. Tome nota:

1. Defina quais backups necessitam de teste

Em um primeiro momento, é comum acreditar que todos os backups de dados da sua empresa precisam ser testados – mas nem sempre isso é factível. Em muitas situações, fazer o teste de todos os backups existentes equivaleria a promover uma recuperação na dimensão de toda a organização.

Nesse sentido, portanto, a estratégia mais recomendada é priorizar os backups mais críticos e mais importantes, garantindo que esses dados específicos possam ser restaurados com louvor a qualquer momento. Para determinar quais backups devem ser testados, vale a pena ficar de olho em alguns critérios: 

– Comece analisando os dados, aplicações, sistemas e processos de trabalho complexos. Se essas informações são importantes o suficiente para exigirem um tempo de recuperação mais curto, é bem provável que elas precisarão ser testadas;

– Considere os dados que dependem de outros dados. É bem possível que a maior parte dos backups de processos de trabalho do seu negócio dependam de outros arquivos para funcionar, tais como sistemas e serviços de diretório. Nesses casos, certifique-se de incluir os arquivos interdependentes do seu teste de backup; 

– Inclua o teste operacional no processo. Lembre-se de que nenhum procedimento está completo sem de fato conectar os usuários com os dados restaurados. Ao estabelecer quais backups passarão pelo teste, pense também na etapa de verificação, com profissionais que podem checar se os workloads restaurados realmente funcionam. 

2. Determine a melhor abordagem para fazer o teste de backup 

Não existe uma única e correta maneira de se testar o backup: diferentes organizações lançam mão de diferentes métodos para o processo. Tenha em mente, aqui, que o objetivo central é validar a integridade dos dados do backup criado. O modo como você atingirá essa meta vai depender da equipe, da estrutura e do nível de expertise do seu negócio. 

Para te ajudar nessa etapa, listamos algumas abordagens de testes de backup que podem ser utilizadas: 

– Teste da funcionalidade do sistema: esse teste inclui checar se os sistemas estão iniciando normalmente, se o sistema responde a interações de aplicações específicas ou mesmo checar a resposta da interação de usuários, se isso for possível. Vale acrescentar, ainda, que alguns produtos de backup incorporam funcionalidades que permitem automatizar esses tipos de testes avançados. 

– Teste de recuperação: embora essa abordagem seja relacionada ao plano de disaster recovery, existem métodos comprovadamente eficientes na área que podem ser aplicados no teste de backup. É o caso de simulações de cenários de restauração (que imitam determinadas situações e garantem que as informações sejam recuperadas propriamente) e também simulações de restauração completa do ambiente da organização. 

Leia Mais: Tipos de backup: compare e escolha o melhor para a sua empresa 

3. Planeje e evite imprevistos no momento do teste

Especialmente para testes de recuperação de dados, é fundamental preparar o ambiente da empresa para adaptar os processos de trabalho, assim como avisar os clientes sobre  eventuais indisponibilidades de sistemas e dados. Nesse sentido, fique atento aos seguintes critérios: 

  • Quais são as exigências de disponibilidade da empresa? Por quanto tempo o banco de dados do negócio pode ficar off-line? Em quais dias, horários ou ocasiões ele pode se manter indisponível para teste? 
  • Se houver falha de disponibilização dos dados durante ou após a restauração, qual é o prazo máximo de aceitação do problema? 
  • Quais serão os custos da empresa com uma possível indisponibilidade dos dados? 
  • Os testes serão guiados internamente ou por profissionais terceirizados? De quem é a responsabilidade pelo banco de dados? 

4. Estabeleça a frequência adequada para testar os backups 

“Com qual frequência devo testar o backup?”: essa é certamente uma das principais dúvidas sobre o assunto. A regra geral é: analise a criticidade de sistemas, aplicações e processos de trabalho e, com base na importância de cada dado e da restauração do seu backup, estabeleça um calendário ou rotina para os testes

No caso de processos de trabalho mais “estáticos”, ou seja, sistemas, aplicações e serviços que não mudam com frequência, é possível fazer um teste ao mínimo uma vez por ano. Se você pode automatizar seu o processo, considere fazer os testes com maior frequência. Dados e sistemas de maior importância para a empresa, no entanto, devem ser testados com maior regularidade, pelo menos trimestralmente. 

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Por fim, vale a pena destacar que, adicionalmente à rotina de testes, o backup exige monitoramento constante e especializado, garantindo que as informações mais delicadas e estratégicas da empresa estejam sempre disponíveis e em segurança. 

Nesse cenário, muitos negócios (especialmente os de pequeno e médio porte) não contam com a infraestrutura e a expertise internas necessárias para realizar os processos com qualidade, ou mesmo desejam direcionar os esforços da sua TI para o carro-chefe da empresa. 

É aí que se insere o serviço do backup gerenciado ou backup-as-a-service, uma maneira inteligente de liberar a sua equipe de TI e entregar a segurança dos dados nas mãos de especialistas

Esperamos que nossas dicas sobre teste de backup sejam úteis para a sua empresa! Conheça nossos serviços de gerenciamento de backup e dê um passo adiante para garantir a segurança da informação no seu negócio! 

Créditos da imagem de destaque: freepik

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